Pan-Americana amplia produção de cloro-potassa com investimentos de R$ 40 milhões
06/09/11
?Capacidade de produção de cloro e potassa cáustica teve acréscimo de 30%;?Indústria adotou equipamento moderno, de tecnologia limpa;?Com expansão, Pan-Americana quer atender a 90% do mercado latino-americano;?América Latina passa de importadora a exportadora de potassa.
A Pan-Americana S. A. Indústrias Químicas ampliou em 30% a capacidade de produção de cloro e potassa cáustica de sua unidade em Honório Gurgel, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Os investimentos realizados, da ordem de R$ 40 milhões, têm como objetivo principal atender a 90% do mercado latino-americano de potassa cáustica. Com a ampliação realizada, a empresa consolidará a sua posição de liderança absoluta nos mercados de potassa cáustica e carbonato de potássio na América Latina. No Brasil, a Pan-Americana detém 100% do mercado de potassa em solução.
O primeiro efeito da ampliação da produção será o aumento da participação no mercado argentino de potassa cáustica. Foram feitos investimentos extras no aluguel de tanques no porto de Campana, próximo a Buenos Aires, e no porto do Rio, assim como na logística via navio granel, que substituiu o transporte por caminhões. Com essas medidas e com a ampliação da produção, a empresa espera aumentar a sua participação nesse mercado argentino de 30% para 90%.
A potassa cáustica é empregada como intermediário de defensivo agrícola e na neutralização em vários usos industriais. A produção total passará para 70 mil t/ano. Além de atender o mercado latino-americano, a fábrica também passará a produzir um excedente de potassa cáustica, de cerca de 20%, para expandir a venda para os principais mercados nas Américas e Europa. ?A América do Sul deixará de ser importadora para ser exportadora de potassa?, anuncia o diretor Comercial João César Schwarz de Freitas.
A produção total de cloro, com a ampliação, passa para 46 mil t/ano e continuará sendo destinada para importantes clientes industriais, além da Cedae e demais abastecedoras de água potável do Estado. A Pan-Americana é a única produtora de cloro e álcalis do Estado do Rio de Janeiro.
A ampliação da unidade incluiu mudanças na produção, na transformação e retificação elétricas, na liquefação do cloro, na estação de tratamento de água e na automação. A mais importante alteração da produção foi a introdução de um novo eletrolisador que, ao contrário das tecnologias tradicionais, é um sistema limpo que não gera resíduos perigosos e resulta em maior eficiência energética.
Cloro, potassa e seus derivados são os principais produtos da empresa e respondem por mais de 80% do seu faturamento. Em 2010, o faturamento da Pan-Americana foi de R$ 200 milhões e a previsão é ampliá-lo em 30% esse ano.
Além da unidade de Honório Gurgel, a Pan-Americana tem fábrica multipropósito em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, escritório administrativo no Centro do Rio e escritório comercial em São Paulo. Atualmente, a empresa gera mais de 300 empregos diretos e mais de 250 indiretos. Exporta produtos para os Estados Unidos, Canadá, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai, Uruguai e África do Sul. A empresa atua há 63 anos.
Potassa cáustica ? O produto é usado principalmente na etapa final de fabricação de defensivos agrícolas, quando origina sais orgânicos de potássio. Parte da potassa cáustica produzida pela Pan-Americana é utilizada cativamente na produção de carbonato de potássio, insumo muito empregado na indústria cerâmica, de vidros e alimentícia. Possui amplo uso na industria química, mineração, domissanitário, etc. Na indústria alimentícia vem ganhando espaço na síntese de aditivos alimentares, substituindo os atuais sais de sódio por sais de potássio, com efeitos mais benéficos à saúde.
Fábrica multipropósito em Santa Cruz ? Produz vários grades de policloreto de alumínio (PAC), de aluminato de sódio, sulfato de alumínio e de resinas de toluenosulfonamidas, aditivos para fabricação de tintas, vernizes e adesivos. A unidade também produz química fina para terceiros.
Cloro – É o bactericida mais efetivo na potabilidade das águas tratadas para uso humano. Além disso, a molécula do cloro está presente em aproximadamente 80% dos medicamentos.
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