04/05/11

Missão brasileira vai aos Emirados Árabes Unidos discutir investimentos em mineração, alumínio,[br]energia e logística
O governo brasileiro está negociando com os Emirados Árabes Unidos um investimento de US$ 13 bilhões no Brasil, em diferentes áreas do setor produtivo. Nesta sexta-feira, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Alessandro Teixeira, parte para Dubai para reuniões técnicas com líderes locais, a serem realizadas no início da semana que vem.
Na semana passada, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, recebeu em Brasília o presidente da empresa estatal de investimentos Mubadala, Waleed Al Muhairi, para uma conversa institucional.
O montante de US$ 13 bilhões que estariam disponíveis para investir no Brasil foram confirmados por Pimentel à agência de notícias da Câmara de Comércio Brasil-Árabe. Entre os possíveis setores alvo, segundo a agência, estariam mineração, alumínio, energia e logística.
Na agenda de Teixeira, estão um encontro com o primeiro-ministro e vice-presidente dos Emirados, xeque Mohammed bin Hashid al Maktoum, também soberano de Dubai, e outro com a ministra de Comércio, xeque Lubna Khalid Al Qasimi. Muhairi, da Mubadala, voltaria no mês que vem ao Brasil para prospectar novos negócios.
;Segundo a agência, o encontro com Pimentel foi marcado a pedido da própria Mubadala e o interesse em investir no Brasil não é de agora: em maio de 2010 o vice-presidente de Comércio Exterior da Mubadala Wladimir Freua, numa visita à Câmara de Comércio Brasil-Árabe, já havia declarado interesse em investir no Brasil.
;Fundo de investimentos. A Mubadala, que funciona como um fundo de investimentos, foi criada pelo governo dos Emirados Árabes em 2002 para diversificar investimentos e diluir a forte dependência do país na produção de petróleo. O objetivo, segundo o site da empresa, é investir em negócios com viabilidade comercial e que possam render lucro no longo prazo.
A empresa teve US$ 4,4 bilhões em receitas em 2010. Entre suas áreas de atuação estão o setor aeroespacial, energia, saúde, informação, comunicação, tecnologia e infraestrutura. Os investimentos são feitos em grandes empresas ocidentais como GE e AMD, assim como em bancos, países árabes e companhias locais. O site da Mubadala diz que a companhia tem notas Aa3/AA/AA das agências de classificação de risco Moodys, Fitch Ratings e Standard & Poors, respectivamente.
Receitas e notas;
US$ 4,4 bi foi quanto a empresa Mubadala dos Emirados Árabes Unidos obteve de receitas no ano passado;
Aa3é a nota da empresa pela Moody”s
;AAé a nota atribuída pela Fitch, mesma que a Standard & Poor”s

O Estado de São Paulo