Copelmi lança projeto para reduzir emissão de gases de efeito estufa
16/04/07
A Copelmi (associada do IBRAM) lança hoje (16/04) um projeto de redução do lançamento na atmosfera de gases que causam o efeito estufa no aterro sanitário de Minas do Leão (RS), há 83 km de Porto Alegre. A iniciativa é amparada nas metas definidas pelo Protocolo de Kyoto e será possível graças à venda de 600 mil toneladas de créditos de carbono ao Fundo Japonês.
O Protocolo de Kyoto, em vigor desde 2005 e assinado por mais de 140 nações, obriga os países desenvolvidos a reduzir as emissões de carbono na atmosfera em 5% em relação aos níveis de 1990. Os países que não conseguem atingir esse patamar têm a opção de comprar certificados de redução de gases de efeito estufa, conhecidos como créditos de carbono, de empresas de países em desenvolvimento como Brasil, Índia e China para cumprir o acordo.;; ;
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É exatamente o contrato de vendas desses créditos para o Fundo Japonês que serviram de garantia para que a Copelmi conseguisse financiamento para o projeto. O assessor da diretoria da Copelmi e conselheiro do IBRAM, Roberto Faria, explica que esta é uma iniciativa pioneira. ?É a primeira vez, que uma empresa brasileira utiliza o contrato de vendas dos créditos para angariar recursos necessários ao desenvolvimento do projeto?, explica. ;
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Os US$ 2 milhões de dólares serão investidos na transformação do gás metano, emitido pelo lixo, em dióxido de carbono, o que reduz em 21 vezes o impacto ao meio ambiente.
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O aterro de Minas do Leão funciona desde 2001 e foi uma solução que a Copelmi encontrou para o esgotamento da mina de carvão a céu aberto no local, atendendo uma demanda ambiental da população gaúcha. São depositados no aterro resíduos de 130 cidades do estado, dentre elas a capital Porto Alegre.
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O projeto para a venda dos créditos vem sendo desenvolvido desde 2002 pela empresa J.L. Alqueres Engenharia Consultiva. Mas foi no ano passado que as ações tomaram maior fôlego. Segundo Faria, ?o projeto precisa passar por uma série de aprovações para que os créditos de carbono possam ser comercializados.?
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Primeiro, o projeto foi aprovado por uma empresa de certificação que constatou a eficácia do método para a redução. Em seguida, a Comissão de Mudanças Climáticas coordenada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia aprovou o projeto. O próximo passo foi conseguir o aval da Organização das Nações Unidas para garantir a comercialização, o que aconteceu no final do ano passado.
Assessoria de Imprensa – IBRAM