Bahia receberá US$1,7 bi em investimentos até 2008
09/07/07
O estado da Bahia lidera o aporte de investimentos na região Nordeste até o ano 2008, com acordos celebrados pela iniciativa privada no ano passado. No estudo realizado pela consultoria Deloitte, a terceira edição da Pesquisa Empresarial 2007, constata-se que, dos US$3,23 bilhões que serão investidos em diversos setores econômicos, cerca de US$1,7 bilhão, aproximadamente 51,3% dos recursos, tem como destino a atividade produtiva estadual. A sócia do Escritório da Deloitte em Salvador, Rutti Ramos, detalha que a maior fatia ? US$1,09 bilhão ? será aplicada na indústria de madeira, papel e celulose. Na seqüência, aparecem as indústrias de máquina e equipamentos, com US$100 milhões, petrolífera, com US$94,4 milhões, mineração, com US$85 milhões, turismo, hotelaria e lazer, com US$80 milhões, serviços especializados ? shoppings centers ?, com US$73 milhões, e alimentos, com a sinalização de US$46,3 milhões. Dos 39 anúncios confirmados por grupos econômicos distintos, com destaque para ampliações e implantações de novas unidades, 20 foram confirmadas para o estado baiano. Ainda de acordo com o estudo, as organizações que participam da análise confirmam a projeção de crescimento da produtividade e do lucro no exercício 2007. Outro dado que chama a atenção é a atual capacidade produtiva das indústrias, que já supera, em média, 80% de utilização. Na avaliação do sócio do escritório da Deloitte no Recife, José Emílio Calado, uma conjunção de fatores ? entre eles o aumento do crédito, a redução da inflação e as taxas de juros praticadas pelo mercado ? explicam a retomada dos investimentos no Nordeste brasileiro. Além disso, completa, a demanda por novos mercados consumidores ? lastreada pelo crescimento do poder aquisitivo da população ? serve de estímulo para a atração de novos investimentos. O pólo turístico é um dos mais expressivos em termos de crescimento. No litoral baiano, por exemplo, destaque para a presença de grupos como Reta Atlântico, Vila Galé, Iberostar, Grupo Espírito Santo, Grupo Trusan, entre outros. Na Bahia, a tendência é a mesma que a verificada na região: cerca de 80% do capital é estrangeiro.
Correio da Bahia