Alunorte e o Instituto SENAI de Inovação fecham parceria para estudos de aproveitamento de resíduo de bauxita
20/05/19
A Alunorte e o Instituto Senai de Inovação em Tecnologias Minerais (ISI-TM) iniciaram, este ano, uma parceria com foco em estudos para o aproveitamento de resíduo que sobra após o processo de refino da bauxita feito na refinaria, em Barcarena. A empresa vai investir R$ 5 milhões nestas pesquisas até 2022.
A assinatura do convênio ocorreu, hoje (16), às 17h, no estande da Hydro, na XIV Feira da Indústria do Pará (FIPA), em Belém (PA). “Desejamos tornar a Alunorte, maior refinaria do mundo fora da China, uma referência global para aproveitamento de resíduo de bauxita”, explicou Raphael Costa, diretor de Tecnologia da Área de Bauxita & Alumina da Hydro.
“Os resultados destas pesquisas podem ajudar nas soluções para um dos desafios mais importantes para a indústria mineração e metais, que é a diminuição da pegada ambiental por meio da redução das áreas de depósito de resíduo”, afirmou Carlos Neves, diretor de Operações da Área de Bauxita & Alumina da Hydro.
No mundo, estima-se que sejam reciclados somente 3% das 150 milhões de toneladas de resíduo anualmente, o que representa uma taxa ainda muito baixa. O objetivo do convênio é contribuir com a meta global de sustentabilidade do setor de 20% de aproveitamento até 2025, de acordo com o Instituto Internacional do Alumínio.
Tanto a Alunorte quanto o ISI-TM contam com equipes de profissionais com larga experiência em pesquisa e desenvolvimento de resíduo de bauxita atuando neste projeto. As análises ocorrem nos laboratórios do Senai, em Belém. A linha de pesquisa do convênio com o Senai avalia a extração de óxido de ferro para a indústria siderúrgica, criando também um produto secundário para condicionamento e controle de pH de solo, que pode ser usado no agronegócio. O progresso dos estudos será acompanhado mensalmente.
A parceria entre a Aluborte e o ISI-TM prevê desde a caracterização física, química e mineralógica do resíduo de bauxita até a elaboração de plano conceitual e projeto executivo para implementação de uma planta-piloto na empresa.
Para Adriano Lucheta, diretor do Instituto Senai de Inovação em Tecnologias Minerais, é o momento de quebrar os antigos paradigmas e considerar os resíduo produzidos pela cadeia mineral como matérias-primas para outras cadeias produtivas, agregando valor e aliviando a pressão sobre o meio ambiente. “Somente por meio do investimento em inovação, conseguiremos aplicar os conceitos de Economia Circular na mineração e a Alunorte está sendo a pioneira no Brasil. Estamos confiantes de que também será uma incentivadora para que outras indústrias extrativistas se insiram neste novo contexto”, disse.
Sobre a Hydro e a Alunorte
A Hydro é uma empresa global de alumínio com produção, vendas e atividades comerciais em toda a cadeia produtiva, da lavra de bauxita, refino de alumina, geração de energia até a produção de alumínio primário, produtos laminados, extrudados e reciclagem.
A empresa conta com 35.000 empregados envolvidos em atividades em mais de 40 países. A companhia tem mais de um século de experiência na produção de energias renováveis, desenvolvimento de tecnologia e parcerias acadêmicas, sempre reforçando seu comprometimento com os clientes e com as comunidades com as quais se relaciona.
No Brasil, a Hydro possui a cadeia do alumínio verticalizada e seus ativos são integrados, agregando valor desde a mineração de bauxita até a fabricação de produtos acabados de alumínio. No Pará, a companhia conta com operações que incluem a mina de bauxita da Mineração Paragominas; a maior refinaria de alumina do mundo, fora a China, a Alunorte, localizada em Barcarena; participação majoritária na Albras, fábrica de alumínio também localizada em Barcarena; e unidades de extrudados e tubos de precisão instalada em Itu, São Paulo e Santa Catarina. A Hydro ainda conta com participação acionária de 5% na Mineração Rio do Norte, uma das maiores minas de bauxita do mundo, localizada no Pará.
A Alunorte tem capacidade para produzir 6,3 milhões de toneladas de alumina por ano, empregando cerca de duas mil pessoas diretamente em Barcarena, onde opera desde 1995. A alumina produzida na Alunorte abastece a Albras, em Barcarena, e várias indústrias de alumínio por todo o mundo.