Compreender as realidades e necessidades das empresas associadas ao Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), identificar modelos de jornadas de trabalho que promovam o equilíbrio entre segurança, eficiência operacional e o bem-estar dos colaboradores, além de construir um posicionamento claro e alinhado com o setor mineral. Estas foram as principais temáticas do evento “Novas Experiências em Jornadas de Trabalho na Mineração do Brasil”, realizado no escritório do IBRAM, em Belo Horizonte, nesta quinta-feira, 20, com transmissão on-line. Gestores de Recursos Humanos, diretores e profissionais do setor mineral se reuniram para discutir as melhores práticas para equilibrar a jornada de trabalho e o bem-estar dos funcionários da indústria mineral. Para Fernando Azevedo, vice-presidente do IBRAM, a organização das jornadas de trabalho, que busca equilibrar produtividade e qualidade de vida, é um tema central nas estratégias das empresas. “No setor de mineração, essa reflexão é ainda mais relevante. Operamos em ambientes desafiadores, com particularidades que exigem soluções inovadoras e responsáveis”, destacou Azevedo. Segundo o vice-presidente de Recursos Humanos Latam da Anglogold Ashanti, Felipe Fagundes, um dos palestrantes do evento, as novas jornadas de trabalho equilibram alta performance, competitividade e qualidade de vida aos empregados. Compartilhou depoimento de trabalhadores durante sua exposição e falou sobre “o diálogo aberto entre empresas, entidades sindicais, governo e sociedade para pensar as possibilidades diversas de jornadas de trabalho é muito enriquecedor, e certamente proporciona a criação de cenários positivos tanto para os empregados quanto para as empresas”, comenta Fagundes. Para a deputada federal Greyce Elias (Avante-MG), representante da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMIN), a modernização do trabalho no setor mineral passa pela atualização da legislação para acompanhar o avanço tecnológico e as novas condições de trabalho. Ela também ressaltou a importância de garantir a segurança e os direitos dos trabalhadores sem prejudicar a eficiência e a competitividade do setor. “É essencial promover um debate equilibrado sobre a adequação das regras à realidade atual da mineração”, destacou a deputada. Júlio Nery, diretor de Sustentabilidade do IBRAM, anunciou a criação de quatro grupos de trabalho para tratar de temas relacionados a fornecedores, minerais críticos e estratégicos, pesquisa mineral, além de um grupo específico para questões de recursos humanos. “Percebemos que esses assuntos estão no foco das empresas de mineração e precisam ser mais estudados e debatidos”, afirmou Nery. Durante o encontro, Rodrigo de Abreu Amorim, sócio do Lima Netto Carvalho Abreu Mayrink Sociedade de Advogados, fez uma reflexão jurídica sobre a jornada de trabalho. Ana Carolina Russo, professora do Departamento de Engenharia de Minas e Petróleo da Universidade Federal de São Paulo (USP), abordou o equilíbrio entre vida e trabalho e o engajamento organizacional. Carlos Calazans, superintendente do Ministério do Trabalho em Minas Gerais, discutiu o tema sob a ótica do Ministério do Trabalho, enquanto Fernanda Ribas da, gerente trabalhista na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), apresentou a visão da indústria, especialmente em relação à proposta de redução da jornada de trabalho 6×1 e os projetos de leis em discussão no Congresso Nacional. Também houve
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