Zona da Mata: potencial em extração de bauxita
28/08/07
Um dos primeiros assuntos discutidos no Seminário ?Bauxita & Alumínio: Desafios e Perspectivas? (promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM), entre os dias 28 e 29, em Belo Horizonte foi a questão da mineração de bauxita na Zona da Mata, localizada na parte leste do Estado, compreendendo do norte de Juiz de Fora ao norte de Minhuaçu.A idéia de inserir a atividade na região surgiu em março do ano passado, quando a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, convidou o IBRAM para participar das análises e da busca de soluções para a região na extração de mineral. Para o presidente do IBRAM, Paulo Camillo Penna, a inserção da atividade na Zona da Mata é extremamente propícia. ?É uma região com quase 400 quilômetros quadrados sem nenhuma tradição na mineração. É um local caracterizado por áreas agrícolas, notadamente o café, e que depois, foi substituída por agricultura de subsistência que causaram situações desastrosas. Acho que Minas Gerais tem a possibilidade de implementar uma atividade econômica importante?, afirmou.
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Eduardo Bazém, do Serviço Autônomo da Água, da prefeitura de Minhuaçu, afirma que a mineração na cidade pode representar, num futuro próximo, uma outra economia, além da plantação de café. “Será uma forma de beneficiar a região, desde que haja os princípios da sustentabilidade e um equilíbrio entre a exploração responsável e o meio ambiente”, afirmou.
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Minhuaçu está a 270 km de Belo Horizonte (MG) e possui cerca de 70 mil habitantes.É preciso saber lidar com investimentos A palestra do ex-ministro do Planejamento e ex-secretário da Fazenda de Minas Gerais, professor Paulo Haddad, que abordou ?A mineração e o desenvolvimento sustentável regional e local?, marcou o primeiro dia do evento. Segundo ele, o setor de mineração sofre grande preconceito. ?Ficou na memória coletiva que a mineração é problemática, com o desmatamento perverso e degradação do meio ambiente?.No entanto, afirma, ?o capital intangível é muito maior do que o natural nas regiões onde essas indústrias se instalam. Os empregos indiretos também superam os diretos. Só a mineração da bauxita, em 2006, gerou 128 mil empregos, sendo 58 mil diretos?. O professor destaca em seu estudo que os investimentos da mineração abrem um amplo leque de benefícios e oportunidades para a promoção do desenvolvimento sustentável dos municípios onde se localizam, gerando renda e emprego, ampliando a base tributável, criando novas oportunidades para micro e pequenas empresas, melhorando a infra-estrutura econômica e social, e a oferta expandida de capitais intangíveis, entre outros benefícios.?Porém, estas chances somente se realizarão a partir de um desenvolvimento endógeno. O envolvimento e atuação da comunidade local, das lideranças políticas e comunitárias são fundamentais para o bom desempenho dos investimentos. Para tal é preciso uma comunicação que trabalhe de forma efetiva para esclarecer a população quanto à importância do trabalho da indústria de mineração para a sociedade?, disse Haddad.Fotos: Jair Campos
Assessoria de Imprensa do IBRAM