Webinar debate estratégias para o desenvolvimento sustentável na Amazônia
10/09/21
A apresentação do Fórum das Federações da Amazônia Legal (FENORTE) ocorreu na última 5ª feira (9/9) em reunião online com representantes de diversas entidades em prol de estimular iniciativas voltadas a promover o desenvolvimento socioeconômico da região.
Para o presidente do Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Wilson Nélio Brumer, “o não desenvolvimento econômico e social de forma sustentável pode significar a destruição da Amazônia. Esse desenvolvimento vai além do respeito à natureza e ao meio ambiente. Também englobam os aspectos de tecnologia, geração de empregos e distribuição de renda. Uma forma de realmente criar condições de vida para uma população de brasileiros que vive nessa região”, afirmou. Brumer ainda reforçou que é necessário que todas as lideranças do país compreendam que o desenvolvimento econômico não acontecerá mais sem o desenvolvimento social.
O presidente do Conselho Diretor do IBRAM aproveitou a oportunidade para reforçar que o Instituto representa a mineração legal, industrial e organizada que atua no Brasil, que gera empregos, renda e tributos para o País. Para ele é necessário combater fortemente a atividade ilegal na Amazônia. “Essa é uma bandeira que todos deveriam carregar”, afirmou.
“Aonde há crises, existem oportunidades. E eu entendo que em torno da Amazônia temos uma enorme possibilidade. Para isso, precisamos sair do diagnóstico e ir para a ação. Vejo neste conceito que o FENORTE defende uma iniciativa importante, pois expõe de forma bem clara as preocupações, o posicionamento e as propostas do setor empresarial brasileiro quanto a Amazônia”, finalizou Brumer.
O primeiro encontro anual do FENORTE será em março de 2022, em Macapá (AP).
Participaram do webinar Edeon Vaz Ferreira, Presidente da Câmara Temática de Logística e Infraestrutura (CTLog) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mário William, presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Qu Yuhui, Ministro Conselheiro da Embaixada da República da China, Shelley Carneiro, ex gerente de Meio Ambiente e sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Adalberto Tokarski, diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), e Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).

Wilson Brumer participa de webinar de apresentação do Fórum das Federações da Amazônia Legal – crédito: divulgação
Sobre o FENORTE
O FENORTE é baseado no conceito da união, da inclusão e da participação de todos os Estados da Amazônia Legal. O somatório de esforços numa região em que a estruturação da cadeia produtiva ainda é incipiente e tem grande possibilidade de crescimento. Para tanto, deve-se estimular e valorizar as lideranças locais especialmente ao nível das indústrias, do comércio, da agricultura, dos transportes e outros atores que conhecem bem a realidade da região e que devem atuar como interlocutores da sociedade.
O FENORTE consiste na articulação de todas as Federações estaduais que representam os setores econômicos da região, como: indústria, comércio, transporte e agricultura. Durante o evento será criado o Conselho das Federações, composto por um representante de cada uma destas entidades, visando estabelecer uma representação institucional fortalecida pela unicidade de propostas, e com muito mais legitimidade e eficiência na condução das demandas regionais que serão encaminhadas às autoridades competentes, visando soluções efetivas e concretas para àquela população.
Amazônia Legal
O conceito de Amazônia Legal foi instituído pelo Governo brasileiro como forma de planejar e promover o desenvolvimento social e econômico dos estados da região amazônica, que historicamente compartilham os mesmos desafios econômicos, políticos e sociais. A Amazônia Legal é uma área de 5.217.423 km², que corresponde a 61% do território brasileiro. Além de abrigar todo o bioma amazônico brasileiro, ainda contém 20% do bioma Cerrado e parte do Pantanal mato-grossense.