18/10/12

Walter Schalka deixou ontem o comando da Votorantim Cimentos e permanece na companhia até o fim de novembro, após ficar à frente da empresa por sete anos. Paulo Henrique de Oliveira Santos, diretor de desenvolvimento de negócios da Votorantim Industrial, assume a presidência da companhia interinamente.
Na manhã de terça-feira, Schalka enviou um e-mail comunicando os funcionários de sua saída. Na mensagem, o executivo agradeceu ao conselho de administração da Votorantim Cimentos que “sempre me apoiou, alocando recursos na implementação do maior crescimento da história da empresa e, principalmente, desafiando a organização para obtenção de resultados diferenciados”.
Foi sob o comando de Schalka, em 2010, que a Votorantim e o grupo Camargo Corrêa compraram participações da portuguesa Cimpor, vencendo uma disputa com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que tinha feito uma oferta hostil pela cimenteira.
Em oferta pública de ações (OPA) lançada no fim de março, a Camargo Corrêa, por meio da subsidiária InterCement, adquiriu mais 41% do capital da empresa, 74% das ações. Alguns dias depois, firmou acordo com a Votorantim Cimentos pelo qual ofereceu ativos da empresa em sete países em troca de sua participação de 21,2% na Cimpor. Com isso, o grupo Camargo Corrêa tornou-se em junho o único controlador da Cimpor.
Paulo Henrique de Oliveira Santos permanecerá no cargo até que o novo presidente seja definido. Segundo a Votorantim, Schalka continuará na empresa para facilitar o processo de transição.
Santos ingressou no grupo Votorantim há mais de 20 anos, como executivo do Banco Votorantim. Ele foi diretor financeiro da Votorantim Mineração e Metalurgia (VMM), antecessora da Votorantim Metais, e presidiu a Votorantim Novos Negócios (VNN), onde permaneceu por cerca de 10 anos.

Valor Econômico