21/10/08

Dentro da estratégia de integrar os negócios de metais, o grupo Votorantim nomeou na sexta-feira João Bosco Silva como diretor-superintendente da Cia. Brasileira de Alumínio (CBA), que é e continuará sob a presidência de Antônio Ermírio de Moraes. Silva, há seis anos, ocupa esse mesmo cargo na Votorantim Metais (VM), holding para os negócios de zinco, níquel e chumbo.
A CBA é a fabricante de alumínio do grupo, com operações integradas do minério (bauxita) a produtos transformados, como perfis, extrudados, chapas e cabos. A unidade de fundição da empresa, com capacidade para 475 mil toneladas de metal primário, está localizada em Alumínio (SP), na região de Sorocaba.
A empresa foi criada em meados dos anos de 1940 e entrou em operação em 1955. Cerca de 65% da energia consumida pela CBA é de geração própria em 20 hidrelétricas (a maioria erguida e operada por ela). Sob a batuta de Antônio Ermírio, que em junho completou 80 anos de idade, a CBA vem investindo pesado na produção de alumínio no país. Desde 2003, duplicou sua capacidade. Passou de 240 mil para 475 mil toneladas, com investimentos de R$ 5 bilhões, incluindo a geração de energia.
No momento, a empresa aplica mais R$ 2,5 bilhões, até o fim de 2009, para instalar uma nova linha de 95 mil toneladas, erguer mais duas hidrelétricas e ampliar suas linhas de perfis e folhas.
A VM tem operações de zinco no Brasil, Peru, Estados Unidos e China. Com programas de expansão em curso, a capacidade da empresa deve alcançar 873 mil toneladas, ficando entre as três maiores do mundo. No níquel, a holding passará das atuais 30 mil para 53 mil toneladas com novos projetos de ampliação. Incluindo aço, que desde julho passou à Votorantim Siderurgia, em 2007 a VM teve receita de R$ 7,3 bilhões.
No ano passado, a CBA alcançou receita líquida de R$ 3,01 bilhões e lucrou R$ 800 milhões.

Valor Econômico