Votorantim estuda nova siderúrgica e quer ampliar exportação de cimento
24/01/07
O Grupo Votorantim estuda plano de instalação de uma nova siderúrgica no Rio de Janeiro, que deverá ficar na mesma região de Barra Mansa, onde já tem instalada a Siderúrgica Barra Mansa, anunciou ontem o empresário Antonio Ermírio de Moraes, presidente do conselho de administração do Votorantim ?Os estudos estão em andamento. Não há prazo para o término ainda?, disse.
O empresário também anunciou que sua fábrica de cimento de Sergipe se prepara para exportar toda a produção de 4 mil toneladas diárias para os Estados Unidos. A fábrica foi ampliada e usa o porto de Aracaju. ?A idéia é exportar toda a produção de cimento. Ali é um porto privilegiado, fica mais próximo dos Estados Unidos?, disse. O grupo fechou o ano passado com exportações de cerca de US$ 2 bilhões.
O empresário defendeu ainda a instalação de uma fábrica de alumina no Norte do País, onde há reservas excepcionais. ?Somos sócios da Alunorte e defendemos a venda de alumina para outros países do mundo, a preços razoáveis. Por que não exportar a alumina??, disse. Ele acredita que este ano o crescimento do grupo será maior do que em 2006, quando cresceu cerca de 30% sobre 2005, com quase US$ 6 bilhões de faturamento. ?Não quero falar muito sobre os números de 2006, pois o nosso balanço só sai por volta de abril?, afirmou.
Rio Grande do Sul
Em visita à governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, o comando da Votorantim Celulose Papel (VCP) detalhou ontem os projetos no estado. Segundo o diretor presidente da VCP, José Luciano Penido, desde o fim de 2003 o grupo investe R$ 160 milhões por ano na formação da base florestal da empresa na região e, a partir de 2009, deve começar a obra da fábrica de celulose, que deve ser construída próxima ao rio São Gonçalo, com investimento de US$ 1,2 bilhão. O início das operações previstas para a unidade está programado para 2011. ?A VCP está comprometida em continuar investindo no estado, sem pedir subsídios e incentivos fiscais ao governo. Atuamos em sistema de dependência, de 30% a 40%, de nossos parceiros?, disse o diretor presidente da VCP.
Segundo Penido, em 2006 a VCP teve 330 parceiros florestais. Eles plantaram, com a empresa, mais de seis mil hectares. ?Foi um investimento de US$ 6 milhões a US$ 7 milhões injetados na região e a colheita dentro de sete anos vai levar por ano, aos nossos parceiros florestais, US$ 20 milhões?, previu.
DCI