13/04/07

MUMBAI (Reuters) – A japonesa Mitsui & Co. pode levar duas semanas para completar a venda de sua participação majoritária da mineradora de ferro indiana Sesa Goa Ltd., afirmou uma fonte ligada ao assunto.
A fatia de 51 por cento da Mitsui atraiu propostas da gigante siderúrgica Arcelor Mittal, do grupo indiano Aditya Birla e da londrina Vedanta Resources, de acordo com a fonte.
A mídia local divulgou que outras empresas, como a Rio Tinto e a Anglo American Plc desistiram da aquisição. Sobre uma possível participação da Companhia Vale do Rio Doce nada foi comentado.
“Muitas empresas fizeram propostas, porém a decisão será tomada dentre de 10 a 15 dias”, disse a fonte.
Uma medida tomada pelo governo indiano para taxar as exportações de minério de ferro em fevereiro atrasou o processo de venda –iniciado no ano passado–, diminuindo os preços oferecidos pelos compradores, explicou a fonte.
A tarifa, de 300 rúpias por tonelada, levou alguns analistas a reduzir as estimativas de lucro da Sesa em até 24 por cento.
Na terça-feira, o Economic Times afirmou que a Arcelor Mittal, maior fabricante de aço do mundo, foi responsável pela maior oferta, de 2.200 rúpias (51,40 dólares por ação).
O Hindustan Times disse, na quinta-feira, que a proposta da Arcelor Mittal girava em torno de 1.700 rúpias por ação, porém, citando fontes não identificadas, divulgou que as condições atreladas à compra favoreciam a oferta do grupo Aditya Birla, de 1.550 rúpias –mais de 7,5 por cento abaixo do preço de abertura das ações da Sesa Goa nesta sexta-feira.
A proposta da Vedanta Resources era de aproximadamente 1.300 rúpias por ação, segundo a reportagem.
De acordo com a lei indiana, a oferta vencedora deverá realizar uma licitação para adquirir mais outros 20 por cento da companhia.
Por volta das 11h10 (horário de Brasília), as ações da Sesa Goa subiam 1,72 por cento, cotadas a 1.691,75 rúpias.
A Sesa Goa possui minas de ferro nos estados de Goa, Karnataka e Orissa, e tem entre seus grandes mercados de exportação China, Japão, Europa e Paquistão.

Reuters