Vale vende 25% em bloco na Bacia do Espírito Santo para Statoil
27/12/12
A Vale assinou a venda de 25% da concessão que obteve no bloco BM-ES-22A, na Bacia do Espírito Santo, para a subsidiária brasileira da Statoil, empresa estatal de petróleo e gás da Noruega. Os ativos foram vendidos por US$ 40 milhões, valor a ser pago a vista.
Além disso, a mineradora também informa, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que o repasse da fatia que detinha no bloco isenta a companhia de investimentos na ordem de US$ 80 milhões até o fim do ano que vem.
O anúncio da venda já era esperada pelo mercado. Em entrevista dada ao Valor, em 17 de dezembro, o presidente da companhia, Murilo Ferreira, antecipou que a mineradora deveria anunciar a venda de dois ativos de óleo e gás antes do fim do ano. A expectativa, pois, é que ainda esta semana anuncie a venda de mais uma concessão de óleo e gás.
A medida faz parte da nova estratégia da companhia de desinvestir ativos não estratégicos para garantir caixa aos investimentos prioritários listados no plano de investimentos de 2013, dada a redução da receita após a queda dos preços do seu principal produto, o minério de ferro.
As áreas prioritárias de investimento da empresa são: de minério de ferro, níquel, carvão, cobre e fertilizantes.
O destaque é para o projeto de minério de ferro S11D, de Serra Sul, em Carajás, que vai produzir 90 milhões de toneladas de minério de ferro a partir de 2017. O valor do projeto, incluindo infraestrutura, é de R$ 40 bilhões. ?Para tirar projetos como esse do papel temos de apertar o cinto?, disse Ferreira ao Valor.
Ao todo, a Vale é proprietária de 19 blocos exploratórios de óleo e gás em quatro bacias petrolíferas do Brasil, desde 2008, na gestão Roger Agnelli. O plano da companhia era diversificar nessa área.
A partir de 2008, a Vale perfurou 14 poços, que resultaram em cinco descobertas nas Bacias de Santos e Espírito Santo, ainda em fase de avaliação de reservas.
Desde o ano passado, Ferreira deu início a um processo de revisão desses ativos, entre outros, para se desfazer de parte deles. Para isto contratou no primeiro semestre dois bancos de investimento: o americano CitiBank e o Scotia Bank, do Canadá.
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Valor Econômico