28/12/06

;A Vale do Rio Doce fechou contratos de encomendas de equipamentos, no total de R$ 138 milhões, com várias empresas. O maquinário será utilizado para tocar projetos novos e expansões de sua produção de minério de ferro, que deverá chegar ao recorde de 300 milhões de toneladas em 2007.;
A maior encomenda, de R$ 120 milhões, foi acertada com a sueca Scania, fabricante de caminhões. Serão adquiridos 300 unidades para as minas do Sistema Sul da Vale, com destaque para a mina de Brucutu, recém-inaugurada. Esta é a maior compra já feita por lote por uma empresa no Brasil.;
Com o aquecimento da demanda por minério de ferro, as mineradoras estão expandindo sua produção em todo o mundo, o que elevou a procura por equipamentos para este tipo de atividade, muitos deles em falta no mercado.;
Por esta razão, a Vale está buscando novos fornecedores que lhe garanta material com qualidade e preços competitivos. A Scania é um exemplo dessa nova estratégia adotada pela empresa, que foi buscar uma alternativa à americana Caterpillar, fornecedora tradicional de “fora de estrada”.;
Os caminhões da Scania foram a alternativa encontrada para a mineradora aos “fora da estrada”, gigantes de três andares, usados nas minas da Vale. Estes caminhões custam US$ 2 milhões cada e estão em falta no mercado internacional. Pior, também não há pneus disponíveis para este veículo.;
Hoje, a Vale conta com 330 caminhões “fora de estrada” nos dois sistemas de mineração – o Sul e o de Carajás, no Pará – que consomem 3 mil pneus ao ano, o que significa para a empresa um gasto de R$ 70 milhões anuais. Eles são produzidos pela Bridgestone, Michelin e Goodyear. Os 300 caminhões encomendados pela Vale à Scania equivalem a 60 caminhões “fora da estrada”.;
A Vale também fechou pedidos no valor de R$ 6,4 milhões com a italiana Berco para fornecimento de conjuntos de esteiras, vedadores e escavadeiras usados em grandes tratores e escavadeiras, substituindo as antigas fornecedoras Caterpillar e Komatsu. O novo contrato representa uma redução de 64% do preço oferecido pela empresa americana.;
Outro negócio foi fechado com a Amsted Maxion, no valor de R$ 770 mil para fornecimento de sapatas, equipamento usado nos fora de estrada, substituindo a antiga fornecedora, a americana Bucyrus. O novo contrato também representa uma economia de 70%.;
A Vale adquiriu ainda 20 caçambas para os fora-de-estrada do sistema Sul, fabricadas pela Soldering. O contrato é de R$ 7,3 milhões e informa redução de 44% em relação ao preço oferecido pelo consórcio Sotreq/Caterpillar. A Soldering vendeu também caçambas para Carajás, num valor total de R$ 3,6 milhões, ou 35% a menos que o preço cobrado pela DCML, representante de uma empresa japonesa no Brasil.;
A idéia da Vale é desenvolver cada vez mais fornecedores no Brasil. Os caminhões da Scania estão sendo fabricados no país, segundo informou a assessoria da mineradora. Dos 300 encomendados, 120 já foram entregues.;
A Vale ainda não definiu o preço da pelota de minério de ferro, que na expectativa do Merrill Lynch e da Brascan, deve subir entre 5% a 10% em 2007.;

Valor Econômico