Vale reusa 77% da água em suas operações
04/07/13
No lançamento de seu Relatório de Sustentabilidade, nesta quarta-feira, 3 de julho, a Vale destaca que o reuso de água em suas operações cresceu 77% em 2012 em relação ao ano anterior. A Vale deixou de captar 1,227 bilhão de m³ de água de fontes naturais, o equivalente a cerca de duas vezes o consumo anual da cidade do Rio de Janeiro.
A Companhia revela que o resultado é fruto do investimento de US$ 125,9 milhões na gestão de recursos hídricos no último ano. Na Mina do Sossego, o reúso de água na usina de beneficiamento do cobre chegou a 99%, resultado de melhorias que vem sendo implantadas desde 2008, quando foi feito o balanço hídrico do projeto e desenvolvidas ações para diminuir o uso de água nova.
Houve redução no volume total de água captada de 900 mil m³/ano – que anteriormente era bombeada do Rio Parauapebas. Já no Complexo Minerador de Carajás, em Parauapebas, a economia foi de 24% na captação devido às mudanças no processo de peneiramento do minério de ferro, que passou a ser feito a partir de sua umidade natural, eliminando a necessidade de água nova. “Hoje, das dez operações com maior captação de água, nove estão em regiões em que o risco de estresse hídrico, ou seja, o potencial de escassez, está abaixo de médio”, explica Bernadette Backx, gerente de Recursos Hídricos da Vale.
Em 2012, a Vale iniciou estudos com o objetivo de avaliar os conceitos e aplicabilidade da `pegada hídrica` em suas operações. A ?pegada hídrica? indica o consumo de água doce direta e indiretamente envolvido no processo produtivo de bens de consumo e serviços. A empresa desenvolveu um projeto para avaliar a aplicação técnica, metodológica, institucional e econômica da pegada hídrica, além de ter promovido um encontro interno para divulgar o tema e avaliar suas implicações nas atividades de mineração. “É preciso verificar na prática a aplicação de algumas metodologias existentes para a quantificação da pegada e o potencial de correlação deste indicador em relação às condições naturais de disponibilidade hídrica das diferentes regiões onde atuamos”, conclui a gerente de Recursos Hídricos. No relatório de sustentabilidade 2012, a Vale investiu US$ 1,342 bilhão em ações socioambientais, sendo US$ 1,025 bilhão (76%) em dispêndios ambientais e US$ 317,2 milhões (24%) em ações sociais.
A Vale protege ou ajuda a proteger 13,7 mil km², uma área cerca de nove vezes maior que a cidade de São Paulo. As áreas protegidas são quase três vezes maiores que o total das unidades operacionais da empresa (4,7 mil km²). Os investimentos em projetos de eficiência energética, em 2012, somaram US$ 22,3 milhões. Outros US$ 3,8 milhões foram investidos em serviços de engenharia, focados na redução do consumo de energia em unidades operacionais e projetos de capital. Hoje, 20% da matriz energética da Vale vêm de fontes renováveis. A mineradora quer reduzir em 5% às emissões globais de Gases do Efeito Estufa (GEE) projetadas para 2020.
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Brasil Mineral