05/09/06

Projeto Moatiza tem custo previsto em US$ 2 bilhões DA REDAÇÃO, COM AGÊNCIA REUTERSA Companhia Vale do Rio Doce deve iniciar a construção de mina de carvão em Moçambique até o final deste ano, informou ontem representante do governo do país africano, acrescentando que os investimentos previstos no empreendimento são de cerca de US$ 2 bilhões. O projeto Moatize, no norte de Moçambique, possui reservas de carvão estimadas em 2,5 bilhões de toneladas. “A construção deve começar no final do ano. Ainda está em fase de prospecção”, disse o inspetor geral de minas Antonio Manhica. O projeto da Vale em Moatize pode tornar-se a maior mina de carvão do hemisfério sul, disse o ministro das Minas de Moçambique, Abdul Razak Noormahomed, no início deste ano. A mina vai colocar Moçambique na competição com a África do Sul, a quarta maior exportadora de carvão do mundo. Moçambique tem buscado iniciar exportações de carvão e usar energia elétrica gerada em Moatize para atrair siderúrgicas para adicionar maior força a sua economia, 14 anos após o fim da guerra civil no país. Segundo o governo local, os planos envolvem a produção de 9 milhões de toneladas por ano de carvão metalúrgico e 3,5 milhões de toneladas por ano de carvão térmico que será usado em futura térmica de 2.000 MW. O projeto inclui ferrovia de 900 quilômetros que ligará a mina a um porto de águas profundas.O consórcio que participou da licitação para selecionar o concessionário da Mina de Carvão de Moatize é composto pela Vale (95%) e AMCI (5%) o grupo AMCI (American Metals and Coal International) é um dos maiores grupos privados do setor de produção e exportação de carvão metalúrgico no mundoA licitação internacional contou com 20 empresas convidadas, das quais nove apresentaram a documentação necessária e quatro foram pré-selecionadas: CVRD, BHP, Rio Tinto e Anglo American. Segundo estudos preliminares, a reserva de carvão tem 70 anos de vida útil. Este prazo considera lavra de 21 milhões de toneladas ano de minério bruto de mina, produzindo cerca de 6,5 milhões de toneladas/ano de carvão coqueificável, 3,5 milhões de toneladas/ano de carvão térmico para a exportação e 4 milhões toneladas por ano de carvão térmico de alta cinza.