Vale faz acordo e passa a controlar 100% da MBR
02/05/07
SÃO PAULO, 2 de maio de 2007 – A Companhia Vale do Rio Doce (Vale) assinou contratos com seus parceiros japoneses na empresa Empreendimentos Brasileiros de Mineração (EBM) visando explorar sinergias com sua subsidiária Minerações Brasileiras Reunidas (MBR).
A EBM, na qual a Vale e os acionistas japoneses têm participação de 80% e 20%, respectivamente, tem como principal ativo 51% do capital da MBR. A MBR, por seu turno, é controlada pela Vale, que tem participação de 89,8% – diretamente e através de sua participação na EBM.
A MBR produziu 64,6 milhões de toneladas de minério de ferro em 2006, sendo o quarto maior produtor mundial. Possui ativos de classe mundial, com reservas provadas e prováveis de minério de ferro de 1,134 bilhão de toneladas.
Os parceiros da Vale na EBM são a Nippon Steel Corporation (NSC), JFE Steel Corporation (JFE), Itochu Corporation (Itochu), Mitsui & Co. Ltd. (Mitsui), Sumitomo Metal Industries Limited (SMI), Sumitomo Corporation (Sumitomo), Marubeni Corporation (Marubeni), Mitsubishi Corporation (Mitsubishi), Kobe Steel Limited (Kobe) e Nisshin Steel Co. Ltd. (Nisshin).
A Vale concordou em pagar US$ 230,8 milhões pelas participações da Mitsui (US$ 114,5 milhões), SMI (US$ 60,9 milhões) e Sumitomo (US$ 55,4 milhões) na EBM. Com esta aquisição a Vale irá aumentar sua participação no capital da EBM dos 80% atuais para 86,247%.
Simultaneamente, a Vale assinou um acordo de usufruto das ações da EBM pertencentes a NSC, JFE, Itochu, Marubeni, Mitsubishi, Kobe e Nisshin, representativas de 13,753% do capital total da EBM. Este acordo irá transferir para a Vale, durante os próximos 30 anos, todos os direitos e obrigações das ações da EBM, inclusive o direito a dividendos. Em troca, a CVRD pagará aos sete parceiros o total de US$ 60,5 milhões em 2007 e US$ 48,1 milhões por ano durante a vigência do acordo.
As transações anunciadas transferem efetivamente para a Vale o controle de 100% do capital da MBR pelos próximos 30 anos. Isso permite à Companhia maximizar sua exposição a um dos melhores ativos de minério de ferro do mundo e de se beneficiar integralmente das sinergias derivadas da operação de minas, plantas e terminais marítimos, eliminação de redundâncias e compartilhamento das melhores práticas. As sinergias têm um valor presente líquido estimado em aproximadamente US$ 500 milhões. (Redação – InvestNews)
Gazeta Mercantil