Vale enfrenta competição cruel por mão-de-obra
06/03/08
O forte aquecimento do setor de mineração se traduz em aumentos significativos de preços e também em uma disputa acirrada por mão-de-obra. “A competição é cruel. Colocam anúncios em inglês em Carajás (no Pará) para trabalhos na Austrália”, afirmou o diretor executivo de Finanças da Vale, Fábio Barbosa.Segundo ele, encontrar e reter profissionais especializados passou a ser trabalho árduo, que todas as mineradoras do mundo estão enfrentando por conta do atual ciclo de demanda aquecida. E citou o exemplo do novo presidente mundial da mineradora sul-africana AngloGold, Mark Cutifani, que até bem pouco tempo estava a frente das operações globais de níquel da Vale Inco.Em palestra hoje para executivos da Apimec-Rio, o diretor traçou um cenário extremamente positivo para o setor de mineração até 2012, impulsionado principalmente pela China. “Não há qualquer indicação de desaceleração da economia mundial que levasse a uma revisão de nossos investimentos”, afirmou. Segundo ele, a China está menos vulnerável aos impactos negativos de uma desaceleração nos Estados Unidos porque quase a metade de seu Produto Interno Bruto (PIB) vem do crescimento da demanda interna. A Vale prevê expansão de 9% ao ano no PIB chinês até 2012, porcentual abaixo dos 4% projetados para o crescimento da economia internacional.
Agência Estado