17/10/08

A vale do Rio Doce anunciou ontem um plano de investimentos detalhado para o próximo ano no valor de US$ 14,2 bilhões (R$ 31,24 bilhões), aproveitando também para traçar um cenário positivo para a empresa a despeito da crise internacional, que vem derrubando as cotações das commodities e as ações da companhia. O valor é quase o dobro dos US$ 7 bilhões previstos para este ano. A empresa anunciou também o pagamento no dia 31 da segunda parcela de dividendos e juro sobre capital para os acionistas deste ano, de R$ 3,448 bilhões, ou R$ 0,653260895 por ação ordinária (ON, com voto) ou preferencial (PN, sem voto). O valor equivale a 2,84% da cotação do papel PNA ontem, de R$ 23. Com isso, a vale pagará aos investidores este ano R$ 5,558 bilhões, 55,53% mais que em 2007. A empresa vai investir, em 2009, mais na área de não ferrosos, como níquel e cobre, apesar de os preços desses produtos estarem em forte queda nas bolsas e as previsões serem de novas baixas. A vale investirá 33,6% do total, ou US$ 5 bilhões, em não ferrosos, e 29,4% em ferrosos, ou US$ 4,1 bilhão. A empresa adiou o início da produção do projeto de níquel de Goro, na Nova Caledônia, deste ano para o segundo semestre de 2009, e o de Onça Puma, no Pará, para o terceiro trimestre de 2009. A vale anunciou ainda um novo projeto de cobre no Chile, o Tres Valles, de 18 mil toneladas por ano, que deve entrar em produção no segundo semestre do ano que vem e com um custo de US$ 102 milhões. A empresa anunciou também a recompra de 5,5% dos papéis ON e 8,5% das PNAs em circulação.

Valor Econômico