Vale anuncia novo corte na produção de pelotas diante ?da contração sem precedentes da demanda global?
10/12/08
A Vale anunciou nesta segunda-feira (8) que suspendeu as operações de duas plantas de produção de pelotas no porto de Tubarão, no Espírito Santo, com capacidade total de 7,3 milhões de toneladas anuais. Segundo comunicado da mineradora brasileira, a decisão foi tomada em razão da ?contração sem precedentes da demanda global por minério de ferro e pelotas?. ?A parada das duas plantas vem se somar à interrupção das atividades de duas outras unidades da Vale no porto de Tubarão desde 5 de novembro de 2008, além da suspensão até meados de janeiro de 2009 da operação de duas plantas de nossa joint venture Samarco Mineração, compreendendo no total produção equivalente a 29,3 milhões de toneladas anuais de pelotas?, diz a Vale em seu comunicado. Diante da ?severidade da recessão global e das incertezas sobre a evolução futura da demanda?, a Vale informa que ?continuará a administrar sua produção de acordo com as condições de mercado prevalecentes no curto prazo?. A Vale demitiu 1.300 funcionários na semana passada e colocou em férias coletivas outros de 5.500 empregados. Segundo sua assessoria, a Vale está remanejando para outras fábricas os empregados demitidos. MMX demite 2.000 A paralisação das atividades da mineradora MMX em Corumbá, a 540 km de Campo Grande, – iniciada em 25 de novembro em razão da queda na demanda internacional por ferro-gusa e minério de ferro – resultou na demissão de 2.000 trabalhadores do setor carvoeiro em Mato Grosso do Sul, de acordo com a Agência Folha. A estimativa dos impactos aos 150 fornecedores credenciados da mineradora vem sendo feita diariamente pelo Sindcarv (Sindicato das Indústrias e dos Produtores de Carvão Vegetal). Segundo o presidente, Marcos Brito, o número de demitidos deverá chegar a 3.000 até o final desta semana. `Todos os dias recebemos notícias sobre 80, cem novas demissões. O setor ficou sem perspectivas`, disse o presidente. Segundo o Sindcarv, a MMX respondia por cerca de 50% da demanda interna por carvão vegetal, com um consumo médio mensal de 80 mil metros cúbicos. Em comunicado, a empresa estimou em até quatro meses o tempo de paralisação, como forma de se ajustar à `nova realidade do mercado` e à `desaceleração da economia mundial`.
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