V Congressos de Mina a Céu Aberto e Subterrânea: Investimentos da Bunge Fertilizantes somam US$ 120 mi em Araxá (MG)
25/09/08
O Brasil vive um período de desequilíbrio entre demanda e oferta de fertilizantes, como o maior crescimento da demanda que a oferta, a redução da oferta alguns países (inclusive de produtos) e o grande crescimento da demanda em países exportadores como os EUA e a China. Para que essa situação seja revertida, é preciso, segundo o Diretor de Mineração e Projetos da Bunge Fertilizantes, Vicente Humberto Lôbo Cruz, adotar políticas voltadas para sustentabilidade e investir em estruturas básicas. Ele anunciou que a empresa ? que comprou recentemente reservas da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) – está investindo US$ 120 milhões de reais, em Araxá (MG). A expectativa é que a produção de fertilizantes aumente de 750 mil toneladas por ano para 1,650 milhões de toneladas por ano.?Hoje, a nossa produção, em Araxá, já está na ordem de um milhão de toneladas. A primeira etapa das nossas obras já está concluída?, revelou. Vicente Lôbo ministrou a palestra ?O Mercado e o Desafio da Indústria de Fertilizantes? (clique para ler), no último dia do V Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto, V Congresso Brasileiro de Mina Subterrânea e Workshop Barragens de Rejeito, que está acontecendo em Belo Horizonte (MG), desde o dia 23 de setembro.Durante palestra, Vicente Lôbo explicou a importância dos nutrientes que compõem os fertilizantes: potássio, fósforo e nitrogênio. FosfatoSegundo Lôbo, 85% da produção mineral de fosfato provém de rochas fosfáticas e que, quase 85% da produção desse setor é destinada ao mercado de fertilizantes. A demanda da América Latina (mais basicamente o Brasil) cresce quase o dobro da demanda mundial. O País é responsável por 90% desta procura.; Outro dado interessante é que 35% da demanda por rocha fosfática esperada, na próxima década, está localizada na China.PotássioCerca de 95% da produção comercial de potássio é utilizado na agricultura como fertilizantes. Geralmente, as reservas estão localizadas a 400 ou 100 metros de profundidade. Pouquíssimos países ? apenas 12 ? produzem potássio no mundo. ?O que é um contraste pois mais de 150 países consumem o nutriente?, afirmou Lôbo.Segundo os dados apresentados, a América do Sul consome 8 milhões de toneladas por ano e produz apenas 1,4 milhão. Em virtude da densidade demográfica, a Ásia é o grande consumidor, com 18, 7 milhões, produzindo apenas 2,9 milhões.Produção Brasileira
O quarto consumidor de fertilizantes do mundo é o Brasil, representando apenas 2% da produção global. ?O País é notadamente grande importador de fertilizantes?, revelou Lôbo.
Em primeiro lugar está a China com o consumo mundial de 32%. Em seguida, com 13%, vêm a China. E, em terceiro lugar, está os EUA consumindo 12%. No Brasil, o maior uso de fertilizantes foi um dos grandes responsáveis pelo expressivo crescimento da produção brasileira de grãos.; ?A presença mundial é grande: o mercado nacional de fertilizantes é o que vem apresentando a maior taxa de crescimento no mundo?, disse Lôbo. Mas, em 2007, as importações representaram 74% do suprimento de fertilizantes ? o que representa um grande salto pois, em 1990, a estatística apontou 36%.
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Assessoria de Comunicação do IBRAM