Tocantins descobre jazida de 159 bi de toneladas de ferro
13/02/07
A São Bernardo Recursos Minerais começará este mês a realizar testes de campo para mineração de uma jazida estimada em 159 bilhões de toneladas de ferro no subsolo do Estado de Tocantins. Ela começa no território de Palmas, na Serra do Carmo, se estende pela região Sudeste, até Ponte Alta do Tocantins, abrangendo outros municípios, como Aparecida do Rio Negro, Monte do Carmo e Santa Tereza do Tocantins. É uma jazida com aproximadamente 135 km de extensão por 40 km de largura, somando uma área total de 6 mil km². O presidente da São Bernardo Recursos Minerais, Áureo Luiz de Castro, disse, em audiência com o governador Marcelo Miranda, tratar-se de um jazida com capacidade produtiva equivalente a dez vezes o tamanho daquela de Carajás. O grupo, que atua no Tocantins há cinco anos, também passará a explorar as reservas de manganês localizadas na região. O grupo pesquisou seis anos para dimensionar o tamanho da jazida e agora se prepara para a fase de sondagem do solo, que especificará pontos estratégicos de exploração. A fase de sondagem será promovida por um segundo grupo empresarial, durando cerca de um ano e demandando aproximadamente US$ 15 milhões em investimentos. Uma das preocupações do presidente da São Bernardo é com a infra-estrutura de escoamento dos minérios. Ele pediu ao governador que acelere entendimentos com a governadora do Pará, estado onde ficará o Porto de Espadarte, na foz do Rio Amazonas, e com o governo federal, para agilizar todo o processo de logística necessário ao projeto. ?Com a construção das eclusas previstas para o Rio Tocantins teremos a navegabilidade necessária ao transportes tanto do álcool que produziremos, em 12 usinas já em fase de implantação, quanto do minério de ferro a ser extraído na região? disse o presidente da empresa. Segundo o cronograma da São Bernardo Recursos Minerais, quando iniciar a extração do minério, já deverão estar em atividade o trecho da Ferrovia Norte-Sul de Araguaína até o Porto do Espadarte, na Ilha de Curuçá, norte do Mato Grosso, além da Hodrovia Araguaia-Tocantins, que seguirá também até o estuário do Rio Amazonas. No início da exploração, a expectativa da empresa é extrair cerca de 50 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano. Esta produção deve saltar para 150 milhões de toneladas, quando estiver concluída a infra-estrutura logística de escoamento do minério.
Folha do Amapá