Sondagem intercepta mineralização de potássio na bacia Amazônica
10/10/11
Jazidas podem ser de classe mundial e empresa estima que, com um investimento total da ordem de US$ 3,5 a 4 bilhões seria possível produzir anualmente 4 milhões t de cloreto de potássio (KCl)
A Potássio do Brasil anunciou no dia 22 de agosto os resultados do furo PB-AT-11-09, confirmando a visão da empresa de que a bacia Amazônica pode conter jazidas de potássio de classe mundial. O Projeto está localizado próximo às jazidas de Fazendinha e Arari, da Petrobras.
Dando sequência aos resultados anunciados em 8 de setembro de 2010, referentes ao furo PB-AT-10-02, que intersectou silvinita (minério de potássio) com 1,86 m de espessura, a uma profundidade de 841,78 m, apresentando um teor médio de 32,59 % KCl, o furo PB-AT-11-09 interceptou 1,82 m de silvinita a uma profundidade de 843,08 m, com teor de 39,94 % KCl. Os dois furos ficam no município de Autazes (AM), a cerca de 10 km ao norte da jazida de potássio de Fazendinha.
Hélio Diniz, diretor Executivo do Potássio do Brasil, comenta que a equipe técnica da empresa, que tem sede em Belo Horizonte, opera sistematicamente na bacia Amazônica desde 2007. “Os trabalhos até agora concluídos sugerem um grande potencial para a descoberta de múltiplas jazidas de potássio na região. No início de 2010, a empresa começou um programa de sondagens para testar os alvos identificados nos trabalhos de interpretação geológica efetuados pela equipe técnica. Os resultados do furo PB-AT-11-09 confirmam as expectativas anteriores do furo PB-AT-10-02, validando, dessa forma, o modelo geológico e potencial para novas descobertas de ocorrências de potássio na bacia do Amazonas”, afirma.
André Costa, gerente de Projeto, declara que em meio as grandes bacias sedimentares, a mineralização de potássio ocorre em sub-bacias com dimensões significativas, onde é alcançada a máxima salinidade que resulta na formação da silvinita. “Entendemos que as condições são similares às encontradas nas bacias de Saskatchewan, Canadá, e Ural, Rússia, onde várias sub-bacias se desenvolvem simultaneamente em posições estratigráficas especificas. A Potássio do Brasil está atualmente no processo de quantificar os recursos minerais de algumas dessas áreas promissoras que foram definidas com base nos estudos e interpretações dos dados geológicos e geofísicos de furos exploratórios para petróleo na bacia e confiamos que outras sub-bacias com mineralização de silvinita serão identificadas nos seus 400 km de extensão”, termina.
De acordo com Hélio Diniz, no momento são dois furos mineralizados com teores de potássio substancialmente maiores do que aqueles obtidos nos 16 furos de sondagem históricos da Petrobras, os quais delinearam recursos minerais superiores a 500 milhões t de minério de potássio na jazida de Fazendinha e, além disso, as interseções de potássio nos furos executados pela Potássio do Brasil, estão situados a uma profundidade de 260 m mais próximos da superfície do que a profundidade média do deposito de Fazendinha (1,100 metros de profundidade).
A Potássio do Brasil atualmente utiliza duas empresas brasileiras de sondagem e pretende aumentar o número de sondas no projeto para acelerar a definição dos recursos minerais de potássio na bacia Amazônica. A empresa estima que, com um investimento total da ordem de US$ 3,5 a 4 bilhões seria possível produzir anualmente 4 milhões t de cloreto de potássio (KCl). A intenção da Potássio do Brasil é de captar os recursos financeiros para os investimentos futuros, tanto junto aos seus acionistas, como por meio de abertura de capital (IPO) na Bolsa de Valores de São Paulo até o final de 2012.
Todas as licenças ambientais e acordos de acesso às áreas estão em vigor e a empresa emprega uma política de alto padrão de respeito às questões ambientais e cada praça de sondagem é progressivamente recuperada após o término da sondagem. A empresa, com sede na cidade de Belo Horizonte (MG), detém direitos minerais estrategicamente localizados ao longo dos quase 400 km da bacia sedimentar do Amazonas.
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