Setor mineral ganha força com levantamento aerogeofísico
25/07/07
Geólogos e empresários mato-grossenses tiveram a oportunidade de conhecer ontem, as primeiras informações técnicas do Levantamento Aerogeofísico de Mato Grosso – Área I, realizado pelo Estado em parceria com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e demandou recursos de R$ 8,9 milhões. Para o governador Blairo Maggi, o levantamento pôde identificar as anomalias minerais existentes e fornecer informações precisas de uma área de 46 mil quilômetros quadrados (km²), numa profundidade de até 19 km. ?Esse projeto tem um caráter estruturante para o desenvolvimento do setor mineral mato-grossense. Temos certeza de que o resultado do levantamento aerogeofísico de Mato Grosso atrairá grandes investimentos em pesquisas e posteriormente em projetos de exploração mineral?, afirmou Maggi. O levantamento facilitará a pesquisa de distritos auríferos, mineralizações de metais não-ferrosos, corpos kimberlíticos com mineralização primária de diamantes e rochas carbonatíticas para permitir ao Estado a posição de auto-suficiente na produção de fosfato para uso agrícola. ?A mineração é importante para que Mato Grosso tenha a sustentabilidade de sua economia. Com a substituição de importações, Mato Grosso poderá ser auto-suficiente em matérias-primas para seu processo produtivo?, completou o governador. Segundo o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Alexandre Furlan, por meio do levantamento já puderam ser detectadas em Mato Grosso ocorrências de fosfato, níquel, diamante, zinco e ouro. Para a realização desse levantamento, foi utilizada tecnologia digital de última geração. A geofísica aérea é considerada uma ferramenta eficaz e econômica na descoberta de jazidas minerais, além de ser um método eficaz para o levantamento de regiões de difícil acesso e de densa cobertura de solos e vegetação. PERÍODO – O levantamento aerogeofísico foi realizado em duas etapas, sendo que a primeira apresenta o levantamento da Área I com 46 mil Km2 (correspondente à região dos municípios de Paranatinga, Planalto da Serra, Nova Mutum, Nobres, Rosário Oeste, Chapada dos Guimarães), e a segunda etapa que corresponde à Área II (região dos municípios de Alto Paraguai, Tangará da Serra e Barra do Bugres, Mirassol D`Oeste, Porto Esperidião, Jauru, Pontes e Lacerda, Sapezal, Nova Lacerda, entre outros) totalizando 125 mil Km2. As informações desse projeto serão comercializadas pelo Serviço Geológico do Brasil, e o recurso arrecadado será reinvestido em novos levantamentos. As informações já podem ser adquiridas e serão vendidas ao preço de R$ 2 por km² ou quilômetro linear, dependendo do arquivo solicitado. Mais informações: www.cprm.gov.br ou www.sicme.mt.gov.br.
Diário de Cuiabá