Setor mineral concentra demissões no Pará
18/12/08
A sombra do desemprego já começa a pairar sobre o mercado de trabalho paraense. O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), José Francisco, afirma que a crise chegou ao setor siderúrgico, mineral, de grãos e pecuário do Estado. Por enquanto, as cidades mais atingidas pelas demissões são aquelas com forte economia mineral.
E Marabá está no epicentro do terremoto. De acordo com o presidente da UGT, só no pólo industrial do município cerca de três mil trabalhadores já foram demitidos. Isso, segundo ele, provoca um processo em cadeia que atinge o setor de serviços, comércio, hotelaria e transporte, ocasionando mais demissões. O setor de comércio, por exemplo, só deverá sentir o impacto em janeiro do próximo ano.
Ivo Borges, presidente da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos do Pará, confirma os números. Em Marabá cerca de 500 metalúrgicos já foram mandados embora. Em Barcarena foram 200 e em Parauapebas apenas uma empresa, que possuía cerca de 300 funcionários, demitiu 150. “No total, mais de mil metalúrgicos já foram demitidos no Estado. Isso vai causando o efeito dominó”, alerta.
Amazônia Jornal