Serviço Geológico do Brasil celebra 51 anos de prestação de serviços ao país
17/08/20
A Diretoria Executiva do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) organizou um evento on-line em comemoração aos 51 anos de criação da instituição. A cerimônia foi marcada por emocionantes relatos de homenagens à trajetória e relembrou os importantes motivos pelos quais o SGB vem se destacando como a principal instituição de pesquisa em geociências do país. Com mais de cinco mil acessos na sala de transmissão, a solenidade foi prestigiada pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pelo secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Alexandre Vidigal, além dos colaboradores e representantes de instituições parceiras, entre os quais o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), representado pelo presidente do Conselho Diretor Wilson Brumer.
Bento Albuquerque abriu as comemorações falando sobre a competência da força de trabalho da CPRM. “Eu abertamente quero falar o quanto o meu coração está feliz hoje, porque neste governo, ao longo do tempo que estou a frente do ministério, vi com meus próprios olhos o trabalho dedicado realizado pelos profissionais altamente qualificados deste órgão que desenvolve atribuições estratégicas, de responsabilidade de estado, essencial para qualquer país que busca a sua soberania e a qualidade de vida do seu povo”, disse o titular do Ministério de Minas e Energia.
Em seu discurso, o ministro ressaltou também que o setor mineral é um caminho sólido para desenvolver o Brasil, mas também é um negócio baseado no conhecimento, ao mencionar as pesquisas realizadas pela CPRM. “O ofício de mapear e identificar nossos recursos e potencialidades é a base do setor mineral, dentro de uma cadeia produtiva que gera emprego, reduz exportações, aumenta a arrecadação e torna o bem de consumo mais barato para as pessoas”, mencionou Albuquerque.
O secretário Alexandre Vidigal celebrou a data afirmando que a alegria é de todos ao relembrar a oportunidade e privilégio de fazerem parte destes cinquenta anos de história. “Foram 50 anos e não tenho a menor dúvida de que foram muitos desafios e muitas conquistas. Se eu quero bem a essa empresa, se eu quero bem a esse país, que venham outros mais 50 anos de muitos desafios, mas que a gente tenha também imensas conquistas. Conquistou-se muito nesse período que se passou”, discursou.
Presidente do Conselho de Administração do SGB-CPRM, Vidigal seguiu falando sobre o novo ciclo a partir dos 51 anos da instituição. “Que tenhamos, então, muito mais conquistas nesse novo período que se aproxima. Estando à frente com essa responsabilidade que tenho de dirigir o Conselho de Administração, um qualificado grupo que compõe esse mesmo conselho, eu tenho absoluta certeza de que os resultados nesses próximos 50 anos serão alvissareiros. Contamos com a presença de cada um de vocês nesse desafio, nessa importante tarefa de fazermos muito mais pela CPRM. Se nós queremos um Brasil melhor, podemos ter a certeza de que a CPRM se insere nesse compromisso. Em outras palavras, uma CPRM melhor seguramente nos levará a um país muito melhor”, completou o secretário.
Em um discurso emocionado, o diretor-presidente do SGB-CPRM, Esteves Colnago, reiterou que, mesmo em tempos difíceis, a instituição não parou e tem se preocupado em garantir a segurança dos colaboradores sem deixar de entregar produtos de qualidade à sociedade. O gestor destacou o protagonismo dos pesquisadores e profissionais das áreas administrativas em relação aos avanços e conquistas, agradecendo-os pelo empenho fundamental à trajetória que hoje é reconhecida nacionalmente em virtude das contribuição da instituição ao desenvolvimento socioeconômico do país.
“Iniciamos na CPRM uma série de ações para garantir o bem-estar, seguindo os protocolos de segurança diante da pandemia. começamos o trabalho a distância, orientamos todos os colaboradores sobre os cuidados, além do acompanhamento diário do estado de saúde de cada um por meio da plataforma de monitoramento orientada pelo mme. Tudo isso para preservar, desenvolver, ajudar, proteger, colaborar. Isto faz parte da nossa rotina, isto tem relação direta com a vida. Nós trabalhamos por vidas, para vidas. Nós mantivemos o nosso compromisso com aquelas que são o motivo da nossa existência: as vidas de nossos colaboradores”, disse Colnago.
E por falar em pessoas, o diretor de Geologia e Recursos Minerais, Marcio Remédio, destacou a competência de sua equipe e mencionou a relevância do SGB-CPRM.
“Apesar de muito jovens, estamos maduros suficientes para dizer que somos uma das instituições mais importantes do Brasil. Não há, em nenhum dos setores de planejamento, seja em âmbito nacional ou regional, em que não sejam usados dados produzidos ou organizados pelo Serviço Geológico do Brasil, como os estudos de infraestrutura regional ou local o planejamento urbano e regional, a construção civil, geração e transmissão de energia, agricultura. O setor mineral brasileiro anda sozinho. Nenhum investidor ou profissional do setor, ousa avaliar ou iniciar um trabalho sobre geologia sem consultar a base de dados do SGB. Como bem disse a nossa primeira diretora, dra. alice, o país precisa de um serviço geológico do tamanho do Brasil, e é isso que estamos construindo”, destacou o diretor.
Na mesmo pensamento, a nova diretora de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Alice Castilho, pontuou diversas ações desenvolvidas pelo Serviço Geológico do Brasil que foram fundamentais para a preservação da vida da população, seja em relação ao monitoramento das bacias dos rios por todo o território brasileiro, no auxílio às Defesas Civis dos municípios a evitarem que vidas fossem perdidas em decorrência de enchentes ou pela análise da qualidade da água no rio Paraopeba, no distrito de Brumadinho (MG).
“Nós fazemos o monitoramento hidrológico em quase todo o país. Em 2020 foram registradas cheias históricas. Aqui na região Sudeste, nós operamos, de janeiro a março, quatro sistemas de alerta (Muriaé, Pomba, Doce e Vegas). Foram registradas cheias com período de recorrência de até 100 anos (probabilidade de ocorrência em um ano qualquer). Nós tivemos cheias extraordinárias em rios que secam. Esse último ano foi um ano de extremos. Rupturas de barragens, abatimentos em áreas urbanas e cheias extraordinárias. Que venham mais 50 anos porque nós estamos preparados!”, celebrou Castilho.
Titular da Diretoria de Infraestrutura Geocientífica, Paulo Romano afirmou que esse é um momento de grandes transformações e que toda a equipe do SGB-CPRM deve atuar em harmonia e comprometimento para que o trabalho desenvolvido chegue a todos aqueles que necessitam. Além disso, o gestor afirmou que acredita que todo o corpo de funcionários possui dentro de si um sentimento de união e pertencimento à companhia, e que, mesmo com o desafio que o mundo enfrenta no momento, é preciso que todos tenham forças para vencer as dificuldades.
“É um forte momento de transição em um ambiente em que nós brasileiros temos muito mais mobilização natural pelo lado da solidariedade, fraternidade e isso nós aqui temos feito e temos que fazer. Cabe a nós, gestores, reunir forças e vencer as dificuldades, inclusive, de caráter pessoal. Esse é o grande desafio e aqui eu anoto para aqueles que não sabem, essa casa tem em cada funcionário um fortíssimo sentimento de pertencimento”, afirmou Romano.
O diretor também pontuou que, para a empresa seguir gerando e disseminando conhecimento, é preciso haver um investimento na área de recursos humanos de qualidade, aumentando o número de pesquisadores, principalmente para atuar em áreas novas. “Nós temos capacidade de desenvolvimento na linha tecnico-científica e de inovação. De gerar conhecimento, de descobrir o novo e essa é a grande oferta que nós podemos fazer. Nesse sentido, os desafios devem vir como motivação’, finalizou o diretor.
Desenvolvimento foi a palavra chave da fala do diretor de Administração e Finanças, Cassiano Alves, ao falar que os 51 anos que a CPRM acaba de completar significam mais trabalho e progresso para as geociências. “Diferentemente das pessoas, que quando completam 50 anos começam a ver a vida de uma perspectiva de encerramento das atividades, de aposentadoria, de descanso, isso não vai acontecer com a CPRM. É o que a gente espera, que continue a cada dia mais atuante, mais ativa, realizar mais entregas à sociedade e ao governo, que é uma das razões de sua existência. O Serviço Geológico é uma empresa fundamental e imprescindível para a segurança produtiva do país”, destacou.
Entre as homenagens, pessoas que conheceram os benefícios do trabalho do Serviço Geológico. Um dos depoimentos foi da professora Rosana Damushin, que dá aula de ciências para o 5° ano do ensino fundamental. Ela falou sobre a parceria que existe há mais de 15 anos entre a escola e a Superintendência de Porto Alegre, através do projeto SGB Educa. “Depois das palestras os alunos sempre ficam muito entusiasmados com a área da geologia e essa é a forma que usamos para despertar futuros cientistas no Brasil”, disse a professora.
Outro depoimento valioso que os empregados tiveram a oportunidade de assistir e se emocionar, sobretudo a equipe de mais de 60 profissionais que participaram dos estudos das causas dos rompimentos e rachaduras nos bairros de Maceió (AL), foi o de Joelington Goes, ex-morador de uma das regiões afetadas e que teve sua casa destruída pela subsidência. Ao agradecer pelo empenho nos estudos, Joelington mencionou a dedicação e afeto das equipes em buscar insistentemente uma solução para a situação, sem deixar de acolher os moradores.
O ex-diretor de exploração da Petrobras, Guilherme Estrella, amplamente reconhecido no setor das geociências, também homenageou o SGB. Guilherme falou sobre momentos importantes da criação da empresa e de sua importância. “É um reconhecimento por um trabalho competente por décadas dedicados por todos aqueles que durante as primeiras décadas constituíram esta instituição”. Ele também citou o estudo do mapa geológico da América do Sul como um dos produtos mais completos das geociências e elogiou o trabalho da instituição.
Outro parceiro importante do SGB-CPRM é Ennio Candotti, diretor do Museu da Amazônia. Em sua fala, ele abordou a necessidade de estudos e investimentos para a “geologia moderna”, com foco na mineração sustentável, visando o bem estar de todos. “ A CPRM de Manaus auxilia o MUSA. Aos geólogos, cabe um papel central de mediadores para aliar a natureza à mineração”, alegou.
IBRAM destaca que SGB proporciona qualidade de vida
O presidente do Conselho Diretor do IBRAM, Wilson Brumer mencionou a longa parceria com a CPRM e falou da importância da união entre as duas instituições para a disseminação do conhecimento geocientífico.
“A verdadeira riqueza dos minérios é a riqueza social proporcionada, ou seja, o quanto cada grama de minério pode gerar de benefícios para o ser humano, para o meio ambiente, para a natureza, de forma direta e indiretamente. Assim, o conhecimento geológico representa o primeiro passo para que o minério vire um bem de valor, destinado a gerar ainda mais valor para as cadeias produtivas até chegar ao cidadão e gerar ainda mais benefícios”, disse.
Para exemplificar, Wilson Brumer deu o exemplo da bauxita, que se torna alumínio e a partir daí vira tantos materiais que são reciclados diversas vezes. “O trabalho da CPRM tem sido o diferencial na trajetória do Brasil no setor mineral. Os estudos técnicos da CPRM têm se tornado essenciais para levar qualidade de vida aos brasileiros”, completou o convidado.
Entre as falas dos representantes das instituições parceiras, os participantes da solenidade puderam acompanhar outros depoimentos que reforçaram o valor humano da CPRM, como os usuários da Divisão de Documentação Técnica (DIDOTE). A chefe da Divisão, Roberta Silva, e sua equipe contaram a história em que o atendimento ao público ajudou pessoas a encontrarem suas famílias através dos mapas, projetos antigos e informações. Tudo isso mostra os valores da CPRM e a valorização do próximo.
Outro momento emocionante foi a exibição dos depoimentos de colaboradores aposentados que têm participação significativa na trajetória do SGB-CPRM. Representando todos os profissionais que passaram pela instituição, os relatos de agradecimento e lembranças dos 50 anos passados foram feitos por Antônio Dourado, Suely Borges e Reginaldo Santos.
Seguindo a programação, o Museu de Ciências da Terra apresentou o lançamento do capítulo do livro Coleções Minerais do Brasil, apresentado pelo curador do MCTer, Diógenes de Almeida Campos. Houve, ainda, a exposição de fotos das comemorações dos 50 anos em todas as unidades regionais preparada pela Divisão de Editoração Geral (DIEDIG) e Divisão de Marketing e Divulgação (DIMARK).
A solenidade foi encerrada com um vídeo que resultou de campanha elaborada pela Assessoria de Comunicação com a participação dos colabores, que representaram em uma palavra o significado do Serviço Geológico do Brasil em suas vidas. As palavras mais comum foram realização, desenvolvimento, dedicação, comprometimento, gratidão, crescimento e parceria, sentimentos que devem nortear o novo ciclo que começa a ser vivido pela instituição a partir de 15 de agosto de 2020, data oficial de criação e que marca os 51 anos de existência.
Fonte: CPRMA Diretoria Executiva do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) realizou, nesta sexta-feira (14), um evento online em comemoração aos 51 anos de criação da instituição. A cerimônia foi marcada por emocionantes relatos de homenagens à trajetória e relembrou os importantes motivos pelos quais o SGB vem se destacando como a principal instituição de pesquisa em geociências do país. Com mais de cinco mil acessos na sala de transmissão, a solenidade foi prestigiada pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pelo secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Alexandre Vidigal, além dos colaboradores e representantes de instituições parceiras.
Bento Albuquerque abriu as comemorações falando sobre a competência da força de trabalho da CPRM. “Eu abertamente quero falar o quanto o meu coração está feliz hoje, porque neste governo, ao longo do tempo que estou a frente do ministério, vi com meus próprios olhos o trabalho dedicado realizado pelos profissionais altamente qualificados deste órgão que desenvolve atribuições estratégicas, de responsabilidade de estado, essencial para qualquer país que busca a sua soberania e a qualidade de vida do seu povo”, disse o titular do Ministério de Minas e Energia.
Em seu discurso, o ministro ressaltou também que o setor mineral é um caminho sólido para desenvolver o Brasil, mas também é um negócio baseado no conhecimento, ao mencionar as pesquisas realizadas pela CPRM. “O ofício de mapear e identificar nossos recursos e potencialidades é a base do setor mineral, dentro de uma cadeia produtiva que gera emprego, reduz exportações, aumenta a arrecadação e torna o bem de consumo mais barato para as pessoas”, mencionou Albuquerque.
O secretário Alexandre Vidigal celebrou a data afirmando que a alegria é de todos ao relembrar a oportunidade e privilégio de fazerem parte destes cinquenta anos de história. “Foram 50 anos e não tenho a menor dúvida de que foram muitos desafios e muitas conquistas. Se eu quero bem a essa empresa, se eu quero bem a esse país, que venham outros mais 50 anos de muitos desafios, mas que a gente tenha também imensas conquistas. Conquistou-se muito nesse período que se passou”, discursou.
Presidente do Conselho de Administração do SGB-CPRM, Vidigal seguiu falando sobre o novo ciclo a partir dos 51 anos da instituição. “Que tenhamos, então, muito mais conquistas nesse novo período que se aproxima. Estando à frente com essa responsabilidade que tenho de dirigir o Conselho de Administração, um qualificado grupo que compõe esse mesmo conselho, eu tenho absoluta certeza de que os resultados nesses próximos 50 anos serão alvissareiros. Contamos com a presença de cada um de vocês nesse desafio, nessa importante tarefa de fazermos muito mais pela CPRM. Se nós queremos um Brasil melhor, podemos ter a certeza de que a CPRM se insere nesse compromisso. Em outras palavras, uma CPRM melhor seguramente nos levará a um país muito melhor”, completou o secretário.
Em um discurso emocionado, o diretor-presidente do SGB-CPRM, Esteves Colnago, reiterou que, mesmo em tempos difíceis, a instituição não parou e tem se preocupado em garantir a segurança dos colaboradores sem deixar de entregar produtos de qualidade à sociedade. O gestor destacou o protagonismo dos pesquisadores e profissionais das áreas administrativas em relação aos avanços e conquistas, agradecendo-os pelo empenho fundamental à trajetória que hoje é reconhecida nacionalmente em virtude das contribuição da instituição ao desenvolvimento socioeconômico do país.
“Iniciamos na CPRM uma série de ações para garantir o bem-estar, seguindo os protocolos de segurança diante da pandemia. começamos o trabalho a distância, orientamos todos os colaboradores sobre os cuidados, além do acompanhamento diário do estado de saúde de cada um por meio da plataforma de monitoramento orientada pelo mme. Tudo isso para preservar, desenvolver, ajudar, proteger, colaborar. Isto faz parte da nossa rotina, isto tem relação direta com a vida. Nós trabalhamos por vidas, para vidas. Nós mantivemos o nosso compromisso com aquelas que são o motivo da nossa existência: as vidas de nossos colaboradores”, disse Colnago.
E por falar em pessoas, o diretor de Geologia e Recursos Minerais, Marcio Remédio, destacou a competência de sua equipe e mencionou a relevância do SGB-CPRM.
“Apesar de muito jovens, estamos maduros suficientes para dizer que somos uma das instituições mais importantes do Brasil. Não há, em nenhum dos setores de planejamento, seja em âmbito nacional ou regional, em que não sejam usados dados produzidos ou organizados pelo Serviço Geológico do Brasil, como os estudos de infraestrutura regional ou local o planejamento urbano e regional, a construção civil, geração e transmissão de energia, agricultura. O setor mineral brasileiro anda sozinho. Nenhum investidor ou profissional do setor, ousa avaliar ou iniciar um trabalho sobre geologia sem consultar a base de dados do SGB. Como bem disse a nossa primeira diretora, dra. alice, o país precisa de um serviço geológico do tamanho do brasil, e é isso que estamos construindo”, destacou o diretor.
Na mesmo pensamento, a nova diretora de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Alice Castilho, pontuou diversas ações desenvolvidas pelo Serviço Geológico do Brasil que foram fundamentais para a preservação da vida da população, seja em relação ao monitoramento das bacias dos rios por todo o território brasileiro, no auxílio às Defesas Civis dos municípios a evitarem que vidas fossem perdidas em decorrência de enchentes ou pela análise da qualidade da água no rio Paraopeba, no distrito de Brumadinho (MG).
“Nós fazemos o monitoramento hidrológico em quase todo o país. Em 2020 foram registradas cheias históricas. Aqui na região Sudeste, nós operamos, de janeiro a março, quatro sistemas de alerta (Muriaé, Pomba, Doce e Vegas). Foram registradas cheias com período de recorrência de até 100 anos (probabilidade de ocorrência em um ano qualquer). Nós tivemos cheias extraordinárias em rios que secam. Esse último ano foi um ano de extremos. Rupturas de barragens, abatimentos em áreas urbanas e cheias extraordinárias. Que venham mais 50 anos porque nós estamos preparados!”, celebrou Castilho.
Titular da Diretoria de Infraestrutura Geocientífica, Paulo Romano afirmou que esse é um momento de grandes transformações e que toda a equipe do SGB-CPRM deve atuar em harmonia e comprometimento para que o trabalho desenvolvido chegue a todos aqueles que necessitam. Além disso, o gestor afirmou que acredita que todo o corpo de funcionários possui dentro de si um sentimento de união e pertencimento à companhia, e que, mesmo com o desafio que o mundo enfrenta no momento, é preciso que todos tenham forças para vencer as dificuldades.
“É um forte momento de transição em um ambiente em que nós brasileiros temos muito mais mobilização natural pelo lado da solidariedade, fraternidade e isso nós aqui temos feito e temos que fazer. Cabe a nós, gestores, reunir forças e vencer as dificuldades, inclusive, de carácter pessoal. Esse é o grande desafio e aqui eu anoto para aqueles que não sabem, essa casa tem em cada funcionário um fortíssimo sentimento de pertencimento”, afirmou Romano.
O diretor também pontuou que, para a empresa seguir gerando e disseminando conhecimento, é preciso haver um investimento na área de recursos humanos de qualidade, aumentando o número de pesquisadores, principalmente para atuar em áreas novas. “Nós temos capacidade de desenvolvimento na linha tecnico, cientifica e de inovação. De gerar conhecimento, de descobrir o novo e essa é a grande oferta que nós podemos fazer. Nesse sentido, os desafios devem vir como motivação’, finalizou o diretor.
Desenvolvimento foi a palavra chave da fala do diretor de Administração e Finanças, Cassiano Alves, ao falar que os 51 anos que a CPRM acaba de completar significam mais trabalho e progresso para as geociências. “Diferentemente das pessoas, que quando completam 50 anos começam a ver a vida de uma perspectiva de encerramento das atividades, de aposentadoria, de descanso, isso não vai acontecer com a CPRM. É o que a gente espera, que continue a cada dia mais atuante, mais ativa, realizar mais entregas à sociedade e ao governo, que é uma das razões de sua existência. O Serviço Geológico é uma empresa fundamental e imprescindível para a segurança produtiva do país”, destacou.
Entre as homenagens, pessoas que conheceram os benefícios do trabalho do Serviço Geológico. Um dos depoimentos foi da professora Rosana Damushin, que dá aula de ciências para o 5° ano do ensino fundamental. Ela falou sobre a parceria que existe há mais de 15 anos entre a escola e a Superintendência de Porto Alegre, através do projeto SGB Educa. “Depois das palestras os alunos sempre ficam muito entusiasmados com a área da geologia e essa é a forma que usamos para despertar futuros cientistas no Brasil”, disse a professora.
Outro depoimento valioso que os empregados tiveram a oportunidade de assistir e se emocionar, sobretudo a equipe de mais de 60 profissionais que participaram dos estudos das causas dos rompimentos e rachaduras nos bairros de Maceió (AL), foi o de Joelington Goes, ex-morador de uma das regiões afetadas e que teve sua casa destruída pela subsidência. Ao agradecer pelo empenho nos estudos, Joelington mencionou a dedicação e afeto das equipes em buscar insistentemente uma solução para a situação, sem deixar de acolher os moradores.
O ex-diretor de exploração da Petrobras, Guilherme Estrella, amplamente reconhecido no setor das geociências, também homenageou o SGB. Guilherme falou sobre momentos importantes da criação da empresa e de sua importância. “É um reconhecimento por um trabalho competente por décadas dedicados por todos aqueles que durante as primeiras décadas constituíram esta instituição”. Ele também citou o estudo do mapa geológico da América do Sul como um dos produtos mais completos das geociências e elogiou o trabalho da instituição.
Outro parceiro importante do SGB-CPRM é Ennio Candotti, diretor do Museu da Amazônia. Em sua fala, ele abordou a necessidade de estudos e investimentos para a “geologia moderna”, com foco na mineração sustentável, visando o bem estar de todos. “ A CPRM de Manaus auxilia o MUSA. Aos geólogos, cabe um papel central de mediadores para aliar a natureza à mineração”, alegou.
A solenidade também contou com a participação do presidente do Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Wilson Brumer. O convidado mencionou a longa parceria com a CPRM e falou da importância da união entre as duas instituições para a disseminação do conhecimento geocientífico.
“A verdadeira riqueza dos minérios é a riqueza social proporcionada, ou seja, o quanto cada grama de minério pode gerar de benefícios para o ser humano, para o meio ambiente, para a natureza, de forma direta e indiretamente. Assim, o conhecimento geológico representa o primeiro passo para que o minério vire um bem de valor, destinado a gerar ainda mais valor para as cadeias produtivas até chegar ao cidadão e gerar ainda mais benefícios”, alegou o representante do Ibram.
Para exemplificar, Wilson Brumer deu o exemplo da bauxita, que se torna alumínio e a partir daí vira tantos materiais que são reciclados diversas vezes. “O trabalho da CPRM tem sido o diferencial na trajetória do Brasil no setor mineral. Os estudos técnicos da CPRM tem se tornado essenciais para levar qualidade de vida aos brasileiros”, completou o convidado.
Entre as falas dos representantes das instituições parceiras, os participantes da solenidade puderam acompanhar outros depoimentos que reforçaram o valor humano da CPRM, como os usuários da Divisão de Documentação Técnica (DIDOTE). A chefe da Divisão, Roberta Silva, e sua equipe contaram a história em que o atendimento ao público ajudou pessoas a encontrarem suas famílias através dos mapas, projetos antigos e informações. Tudo isso mostra os valores da CPRM e a valorização do próximo.
Outro momento emocionante foi a exibição dos depoimentos de colaboradores aposentados que têm participação significativa na trajetória do SGB-CPRM. Representando todos os profissionais que passaram pela instituição, os relatos de agradecimento e lembranças dos 50 anos passados foram feitos por Antônio Dourado, Suely Borges e Reginaldo Santos.
Seguindo a programação, o Museu de Ciências da Terra apresentou o lançamento do capítulo do livro Coleções Minerais do Brasil, apresentado pelo curador do MCTer, Diógenes de Almeida Campos. Houve, ainda, a exposição de fotos das comemorações dos 50 anos em todas as unidades regionais preparada pela Divisão de Editoração Geral (DIEDIG) e Divisão de Marketing e Divulgação (DIMARK).
A solenidade foi encerrada com um vídeo que resultou de campanha elaborada pela Assessoria de Comunicação com a participação dos colabores, que representaram em uma palavra o significado do Serviço Geológico do Brasil em suas vidas. As palavras mais comum foram realização, desenvolvimento, dedicação, comprometimento, gratidão, crescimento e parceria, sentimentos que devem nortear o novo ciclo que começa a ser vivido pela instituição a partir de 15 de agosto de 2020, data oficial de criação e que marca os 51 anos de existência.
Fonte: CPRM