Seminário debate ESG e mineração sustentável na Amazônia
24/11/21
Estudos apontam que a Amazônia corresponde a uma área com grande potencialidade para descobertas de minerais no Brasil. Levantamentos revelam que mais de 40% do território apresentam grande capacidade para depósitos minerais de ferro, manganês, cobre, alumínio, zinco, níquel, cromo, titânio, fosfato, ouro, prata, platina, paládio.
Assim, o I Seminário para o Desenvolvimento Sustentável da Mineração na Amazônia, uma iniciativa da Suframa e da Organização Mineronegócio, foi pensado como um espaço para o debate e a reflexão referentes à exploração mineral na região da maior floresta do mundo. Com a participação de órgãos governamentais, empresas mineradoras, especialistas com experiência no local e organizações da mineração, como o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), foram expostos planos governamentais, experiências técnicas, potencial regional, projetos em andamento, impactos decorrentes e necessidade de infraestrutura, principalmente, nos aspectos relacionados à capacitação de recursos humanos, e energias alternativas.
O IBRAM, um dos patrocinadores do evento, apresentou o tema: “ESG e a mineração sustentável na Amazônia”, com experiências de Governança Ambiental, Social e Corporativa, além de ações sustentáveis e inovadoras. Com a condução do diretor de Relações com Associados e Municípios do instituto, Alexandre Valadares Mello, foram demonstrados exemplos de iniciativas que deram certo.

Alexandre Valadares Mello, diretor de Relações com Associados e Municípios do IBRAM
“Especificamente na região, vale citar dois cases de sucesso com focos na conservação ambiental e atenção às comunidades locais. A Vale, em Carajás (PA), preservou 800 mil hectares de floresta nativa. A MRN, em Oriximiná (PA), conservou cerca de 815 mil hectares de reservas biológicas. Em ambos, percebemos também um esforço em fomentar pesquisa, treinamento e novas atividades econômicas junto às comunidades locais”, relatou.
Na mesma linha, ele comentou que o IBRAM incentiva que as mineradoras participem de projetos como: a Plataforma Parceiros pela Amazônia e a Concertação pela Amazônia, com pilares voltados à construção de soluções inovadoras para a sustentabilidade na região. “Estas práticas são amplamente difundidas nas questões sociais e na conservação da biodiversidade e dos recursos naturais da Amazônia”, explicou.
Mello citou que o IBRAM lançou em outubro a Agenda ESG da Mineração do Brasil abordando compromissos e metas em 12 grandes temas centrais na discussão de sustentabilidade na atividade mineral. São eles: segurança no processo; saúde e segurança operacional; barragens e estruturas de disposição de rejeitos; mitigação de impactos ambientais; desenvolvimento local e futuro dos territórios; relacionamento com comunidades; comunicação e reputação; diversidade e inclusão, inovação; água; energia e gestão de resíduos.
Ao final do encontro foi elaborado um Plano de Ação para o Desenvolvimento Sustentável da Mineração na Amazônia. Mais informações: https://isma.wdrumond.com.br/.