SEGURANÇA OPERACIONAL – Especialistas vão explicar, em detalhes, técnicas e importância da gestão de barragens pelas mineradoras
03/11/22
Curso “Mineração para Jornalistas” tem a chancela da ABERJE e vai tratar, na 3ª feira (8/11), do principal tema relacionado à segurança operacional de várias empresas. Um dos objetivos é capacitar jornalistas a produzir matérias sobre o tema e desmistificar conceitos.
Reportagens sobre barragens de rejeitos passaram a pontuar o noticiário com maior frequência desde os trágicos rompimentos ocorridos no país em 2015 e 2019. As mineradoras que operam barragens também aumentaram a frequência com que produzem conteúdo e fazem divulgações ao público em geral sobre essas estruturas e como são monitoradas e administradas, de modo a minimizar riscos de incidentes.
No entanto, mesmo em fatos de menor relevância envolvendo barragens, surgem notícias com caráter alarmista na mídia, o que pode provocar apreensão na população. A aula do dia 8 de novembro do curso “Mineração para Jornalistas” pretende promover uma capacitação de jornalistas sobre o tema barragem de rejeitos e desmistificar conceitos, que podem confundir a opinião pública.
Curso é aberto a todos os jornalistas e demais profissionais e estudantes de Comunicação
O curso é gratuito, online e voltado para jornalistas da mídia em geral, bem como para demais profissionais que atuam em Comunicação e estudantes universitários.
As inscrições podem ser feitas por meio deste link.
O curso “Mineração para Jornalistas” é oferecido pela Universidade Corporativa da Mineração do Brasil (UNIBRAM), pelo IBRAM e tem a chancela da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE).
A aula “Barragens de rejeitos de mineração”, deste dia 8/11 será conduzida pelos especialistas Paulo Abrão, professor de Geologia de Engenharia e fundador da empresa Geoconsultoria; Julio Nery, diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do IBRAM; Aline Nunes, coordenadora de Assuntos Minerários do IBRAM; e mediada pelo professor e coordenador do curso, João Carlos Penna.
“A compreensão adequada sobre as barragens de disposição de rejeitos exige conhecimento técnico, porém, geralmente, quem produz reportagens ou outros conteúdos informativos voltados ao público em geral não têm formação em relação ao tema. Daí a importância de capacitar esses profissionais do texto a conhecerem as técnicas e a importância da gestão conduzida pelas mineradoras”, diz Paulo Henrique Soares, diretor de Comunicação do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).
Segundo Paulo Henrique, o IBRAM e as mineradoras sempre se mostraram consternados em relação aos rompimentos, solidários aos atingidos e imbuídos do compromisso setorial de agir concretamente para dotar o setor mineral de maior segurança operacional, e isso tem ocorrido, com acompanhamento das autoridades e da sociedade.
“Sendo assim, capacitar jornalistas, que levam informações sobre o setor mineral ao público em geral, sobre o tema barragens faz parte desse esforço. Esperamos que a partir do curso os conteúdos sobre essas estruturas de disposição de rejeitos ganhem em qualidade e despertem maior interesse do público em geral”, afirma o diretor do IBRAM.
Sobre o Curso
A primeira etapa foi o curso introdutório “Mineração para Jornalistas”, realizada no dia 14 de setembro, durante a Expo & Congresso Brasileiro de Mineração 2022 (EXPOSIBRAM 2022). Em outubro foi iniciada a 2ª etapa de aprofundamento. Em novembro serão mais dois encontros virtuais, nos dias 8 e 22, das 9h às 11h.
Os interessados em assistir o conteúdo do curso introdutório e as aulas da 2ª etapa devem acessar de forma gratuita a https://unibram.ibram.org.br/.
Mini currículo dos palestrantes:
Paulo Cesar Abrão
Geólogo, Universidade de São Paulo
Trabalhou na Geotécnica, entre 1971 e 1978, e na Paulo Abib Engenharia entre 1978 e 1990. A partir de 1991 fundou a empresa Geoconsultoria, onde trabalha. Professor de Geologia de Engenharia, da Escola de Engenharia Mauá, em São Paulo, entre 1976 e 1986. Professor da matéria de barragens de rejeitos no curso de mestrado profissionalizante, da Universidade Federal de Ouro Preto, entre 2002 e 2012. Professor da disciplina “Barragens de Rejeitos”, do curso de especialização em Segurança de Barragens, promovido pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT, de São Paulo. Vários cursos de pós-graduação no Brasil e no exterior.
Atua há mais de 50 anos nas áreas de geotecnia para mineração, especialmente em projetos de disposição de rejeitos, disposição de estéril e talude de minas a céu aberto. Na área de barragens de rejeitos participou e participa de estudos, projetos, auditorias e gestão de segurança de mais de 100 barragens, no Brasil e no exterior. Faz parte de board de consultores nacionais e internacionais.
Julio Cesar Nery Ferreira
Engenheiro de minas, Universidade Federal de Minas Gerais
Julio Cesar Nery Ferreira é Diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do IBRAM. Formado em Engenharia de Minas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Julio Nery tem 42 anos de experiência nas áreas de Meio Ambiente, Planejamento e Operações em diversas mineradoras. Trabalhou por 25 anos na Minerações Brasileiras Reunidas (MBR), passando pelos cargos de Gerente Geral de Planejamento Operacional e Superintendente do Complexo Pico (1998/2005). Além disso, atuou na Gerência Geral de Licenciamento da Vale coordenou, tendo também coordenado o Comitê para Normalização Internacional em Mineração do IBRAM (CONIM). Foi COO da CADAM/PPSA, mineração de caulim na Amazônia.
Até janeiro de 2020 foi o diretor responsável pelas operações da Crusader do Brasil Mineração e sua subsidiária, Cascar. Representa o IBRAM no Conselho de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e Preside atualmente a Comissão Brasileira de Recursos e Reservas, CBRR.
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