10/10/08

A abertura da 8ª Conferência das Comunidades e Mineração Artesanal em Pequena Escala (CASM) reuniu nessa quarta-feira (08), em Luziânia (GO), representantes da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME; do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM); da Companhia de Recursos Minerais (CPRM) e membros do setor de mineração de vários países, para debater a importância da mineração artesanal e de pequena escala. O objetivo do encontro, que vai até 12 de outubro, é promover o entendimento e o aprimoramento das questões ligadas ao desenvolvimento da mineração. A parceria entre os agentes do setor pretende levar o desenvolvimento sustentável econômico e social aos quilombolas que estão localizados em áreas de garimpo. Para o secretário de Mineração do MME, Cláudio Scliar, a mineração de pequena escala é uma atividade natural de exploração e o aproveitamento de recursos minerais tem que ser feito de forma consciente. ?É preciso que seja feito (o aproveitamento de recursos minerais) de forma saudável, rentável e responsável ambientalmente?, explicou. Scliar destacou também a importância do apoio do governo federal, por meio do MME, a esse tipo de iniciativa. ?Quando um governo apóia oficialmente um evento desse porte, a comunidade internacional mostra interesse e participa em peso. O ministério vai continuar apoiando todo tipo de evento que valorize o a mineração?, disse. Oportunidade econômicaPara Jon Hobbs, um dos organizadores da conferência, o evento vai reforçar a idéia de desenvolvimento sustentável na mineração. Segundo Hobbs, a atividade contribui para o crescimento econômico e social de um país e a troca e experiências é fundamental para que o setor continue crescendo. ?Devemos trabalhar em conjunto para, cada vez mais, nos superar e atingir um grau cada vez mais elevado na produção de bens minerais com respeito ao meio ambiente?, afirmou.Para o pequeno minerador de Uganda Jonny Sasirwe, o CASM é uma ótima oportunidade para auxiliar economicamente os trabalhadores. Com mais recursos financeiros, segundo Sasirwe, a produtividade e geração de emprego e renda aumentariam, trazendo mais desenvolvimento aos países pobres. ?Esses países têm um enorme potencial mineral e, com apoio de países como o Brasil, podem mudar a vida de pessoas como eu. O CASM pode ajudar pequenos mineradores na obtenção de recursos e financiamentos?, explicou. Outro trabalhador do setor de pequena escala, o equatoriano Vicente Encalada, afirma que os pequenos mineradores precisam de mais apoio dos governos. ?São iniciativas como essas que podem nos fazer vencer o grande desafio que estamos passando: nos desenvolver sustentavelmente. Precisamos de apoio porque somos a alma de um país?. Desafios e perspectivasEstimativas apontam que a pequena mineração artesanal e de pequena escala emprega de 11 milhões a 13 milhões de pessoas no mundo. Outras cerca de 100 milhões de pessoas dependem dela para sobreviver. Nos últimos anos, a elevação de preço de minerais preciosos e gemas provocou um aumento significativo nessa atividade.A mineração artesanal e de pequena escala enfrenta significativos desafios de governança. Apesar dos esforços de diversos países de subsidiar esse procedimento, há limitações técnicas e financeiras dos governantes para gerenciar efetivamente a atividade. Mesmo com esses entraves, muitas instituições acreditam que essa atividade pode ser lucrativa, produtiva e segura, podendo assim, contribuir para o desenvolvimento sustentável.Assessoria de Comunicação Ministério de Minas e Energia (61) 3319-5588/ 5620

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