12/02/08

A riqueza mineral do subsolo brasileiro ganha fama no mundo e deve atrair investimentos nacionais e internacionais de US$ 30 bilhões até 2011. Só o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) recebeu 15 mil pedidos de pesquisa e emitiu 8.120 alvarás para busca de áreas ricas em minérios ao longo de 2007. Um incentivo aos novos investidores é a alta no preço das commodities. O minério de ferro teve valorização de 71% desde 2005 e deve ficar 30% mais caro este ano. De acordo com o diretor adjunto do DNPM, geólogo João César Freitas Pinheiro, o Brasil é a grande fronteira. ?Por isso, há um movimento crescente de compra de empresas menores por grandes grupos e a união do setor financeiro com a mineração para fomentar a cesta de novos produtos?, destaca. Nesse contexto, Goiás se destaca como um dos principais pólos de mineração do País, informa o superintendente de Geologia e Mineração da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), Luiz Fernando Magalhães, também secretário executivo do Fundo de Apoio à Mineração (Fumineral). Para explorar o potencial mineral brasileiro, empresas de pequeno porte no setor de mineração já se capitalizaram nas bolsas de valores, principalmente do Canadá e de Londres. Outras gigantes mundiais do setor focam seus investimentos do Brasil. Para estimular esses investidores, os governos estaduais, especialmente de Goiás, Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso, auxiliam na descoberta de novas áreas ricas em minérios, oferecendo relatórios geofísicos aos interessados.O Estado de Goiás, explica Luiz Fernando, está implementando sua política mineral na expectativa de somar ? no período entre 2001 e 2009 ? de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões em investimentos. Entre as medidas da política pública estadual está programado para a segunda quinzena do mês de março o lançamento do Mapa Geológico e de Recursos Minerais de Goiás e do Distrito Federal. A retomada dos financiamentos através do Fumineral é outra medida de incentivo. A linha de crédito disponibiliza até R$ 1 milhão para investimentos com prazo de cinco anos para pagamento, um ano de carência e taxa de juros de 6% ao ano. O recurso está disponível pela Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), via Superintendência de Geologia e Mineração. Também faz parte da política mineral do Estado o apoio na chegada dos grande investimentos, entre eles a ampliação da produção de níquel no município de Niquelândia, a implantação da mina de níquel em Barro Alto e projetos de implantação da bauxita em Barro Alto. Entre as grandes empresas do ramo que investem em Goiás, ele cita a Anglo American, Votorantim, Vale e Yamana Gold. Só em 2007 o faturamento do setor em Goiás superou US$ 1 bilhão.

Diário da Manhã – GO