Rio de Janeiro investe no desenvolvimento econômico no Norte e no Noroeste fluminense
18/02/09
O Governo do Estado está investindo no desenvolvimento do potencial econômico dos municípios do Norte e do Noroeste fluminense. Desde 2007, a secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços vem estabelecendo ações e parcerias para dinamizar os negócios nestas regiões do estado. Para 2009, haverá a instalação de fóruns regionais de artesanato, tanto no município de Quissamã (Região Norte), como na cidade de Porciúncula (Região Noroeste). A idéia será implementada como continuação do processo de organização comunitária que está sendo realizado por meio dos arranjos produtivos locais (APLs). A Secretaria também está buscando sensibilizar investidores para desenvolver mais ainda os Arranjos Produtivos Locais (APLs). Na semana passada, uma equipe do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) visitou os APLs de Móveis, na Região Metropolitana; de Moda Praia, no município de Cabo Frio, Região dos Lagos; e de Pedras Ornamentais, na Região Noroeste do estado, acompanhada de técnicos da Secretaria Estadual de Desenvolvimento.Dos três APLs escolhidos, um receberá investimentos vultosos do banco estrangeiro para a estruturação e a melhoria de gestão.Segundo a subsecretária estadual de Comércio e Serviços, Dulce Ângela Procópio, o projeto já passou por algumas etapas de análise e o objetivo da visita foi o de dar subsídios para que o BID tome a decisão final sobre a concessão do crédito.- Acreditamos muito no potencial desses arranjos. No caso da Região Noroeste, são 250 empresas e seis mil trabalhadores, que já faturam cerca de R$ 20 milhões ao ano – explicou.Estudo socioeconômicoEm julho do ano passado, dois técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico realizaram um estudo socioeconômico, que foi distribuído em CD para políticos, empresários e técnicos do município de Itaperuna, cidade do Noroeste fluminense, durante uma feira de Mármores e Granitos. O mesmo relatório já está em fase de produção para o Norte Fluminense e será concluído ainda no ano de 2009.Pólo de Rochas OrnamentaisA pasta também está realizando ações de articulação de parcerias com o objetivo de conseguir apoio financeiro destinado ao desenvolvimento tecnológico, pesquisa e inovação no setor mineral no noroeste fluminense. Constituído de 13 municípios, o pólo de rochas já conta com cerca de 300 micro e pequenos empresários. Em todo o Noroeste, as jazidas de rochas ornamentais somam mais de 600 registros.Em 2007, a região ficou em terceiro lugar em vendas ao exterior, o que corresponde a 10% dos US$ 33,8 milhões de exportação de rochas no estado.No ano passado, a Secretaria de Comércio e Serviços articulou com a InvesteRio, a agência de fomento do estado, o financiamento para a abertura da fábrica Argamil, que utiliza resíduos das serrarias e transforma em rejuntes e argamassas colantes. A fábrica, localizada em Santo Antonio de Pádua, absorve 1,8 mil toneladas de resíduos para a fabricação de 240 mil toneladas de rejuntes.Projetos privados para o desenvolvimento do Norte fluminenseA política do governo Sérgio Cabral de atrair investimentos nacionais e estrangeiros e garantir o desenvolvimento econômico das cidades interioranas não pára por aí. Muitos projetos privados estão se realizando, como o Complexo do Açu, da Barra do Furado e o parque de geração de energia eólica, no município de Itaperuna.Complexo do AçuInstalado em área de 7,8 mil hectares, o Complexo do Açu, em São João da Barra, é um dos maiores projetos do Brasil para terminal marítimo privado, desenvolvido pela empresa LLX (subsidiária do grupo EBX), com investimento de US$ 1,6 bilhão. A construção foi iniciada em outubro de 2007 e já emprega 1,5 mil pessoas. A previsão é de que entre em operação até o fim de 2011, com objetivo de exportar 63,3 milhões de toneladas de ferro por ano.O porto do Açu se caracteriza pelo conceito de porto-indústria e sua retroárea foi projetada para abrigar um pólo industrial de grande capacidade, que inclui: terminal de ferro, usinas termoelétricas, complexo siderúrgico, plantas de pelotização e pólo metal-mecânico. O empreendimento também será uma nova alternativa para escoamento da produção de estados do Centro-Oeste e do Sudeste, que sofrem com a falta de acesso logístico.Barra do FuradoO complexo logístico e industrial da Barra do Furado servirá como área estratégica para instalação de atividades naval, petrolífera e pesqueira. O projeto consiste em dragar o canal que corta os municípios Quissamã e Campos dos Gaytacazes – localizados na região Norte Fluminense – para permitir o tráfego de embarcações com até nove metros de profundidade e 150 metros de comprimento.A demanda de investimento para viabilização do empreendimento chega a R$ 120 milhões e vai gerar 2.100 empregos diretos e 6.600 indiretos na obra e instalação das empresas. Com área de 200 hectares, a região terá disponibilidade para implantação de bases de apoio offshore, serviços de apoio logístico, reparos e construções navais.Energia EólicaOutro projeto que gerará milhares de empregos diretos e indiretos e contribuirá para o desenvolvimento do Norte do estado é a Gargaú Energética. A empresa será o primeiro parque de geração de energia eólica da região Sudeste. Localizada no município São Francisco de Itabapoana, no Norte fluminense, a construção está prevista para começar ainda no início deste ano, com investimento de R$ 130 milhões. Serão instalados 17 aerogeradores, com capacidade individual de 1,65 MW. Ao todo, o empreendimento terá capacidade instalada de 28 MW, o suficiente para abastecer uma cidade de 80 mil habitantes.O parque de energia eólica será erguido numa área de 500 hectares no distrito de Gargaú, distante cerca de 50 quilômetros do município vizinho de Campos dos Goytacazes. Cada um dos 17 aerogeradores terá 120 metros: 80 metros de altura da torre e mais 40 metros da pá da hélice.Home-page : www.imprensa.rj.gov.br
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