Representantes dos países das Américas do Sul, Norte e Central debatem o futuro da mineração
28/09/21
A agenda de discussões hemisféricas sobre o setor mineral foi amplamente debatida nesta 3ª feira (28/9) por autoridades governamentais de diversos países na XI Conferência dos Ministérios de Minas das Américas (CAMMA). Esta edição, 100% virtual, foi organizada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), em coordenação com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), e contou com o apoio do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).
Na ocasião, representantes dos países das Américas do Sul, Norte e Central tiveram a oportunidade de debater o desempenho do setor mineral, além de criar um ambiente para desenvolver estratégias para médio e longo prazo relacionadas à mineração sustentável, à segurança de barragens e na identificação de oportunidades de investimentos.

Apresentação do diretor-presidente do IBRAM, Flávio Penido – crédito: divulgação
O diretor-presidente do IBRAM, Flávio Ottoni Penido, apresentou um panorama de investimentos previsto no Brasil durante o painel “Oportunidades de investimentos no setor mineral durante e pós-pandemia”. Em 2020, o Brasil faturou cerca de R$ 208 bilhões e apresentou um volume significativo de produção de 2 bilhões de toneladas, ocupando uma área de apenas 0,6% de todo o território brasileiro. Geramos 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB), que representa 16,8% do PIB industrial brasileiro. Também no último ano foram faturados US$36 bilhões em exportações e 400 milhões de toneladas movimentadas nos portos brasileiros”, afirmou.
Flávio Penido ainda lembrou da necessidade de fomento para a pesquisa mineral no Brasil de forma a alavancar o conhecimento geológico brasileiro. “Hoje apenas 365 mil km quadrados são mapeados em uma escala adequada no Brasil, o que representa apenas 4,3% de todo o território brasileiro. Para melhorarmos este cenário, é fundamental fortalecermos a Agência Nacional de Mineração (ANM) e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) ”.
O diretor-presidente do IBRAM ainda aproveitou a oportunidade para falar sobre a agenda ESG do setor mineral brasileiro. “Antes mesmo da pandemia já estávamos trabalhando em prol deste assunto. Em 2019 lançamos a Carta Compromisso, documento com metas que o setor assumiu para evoluir de forma sustentável em sua atividade. Hoje, mais do que nunca, sabemos que as práticas ESG são fundamentais para a evolução de todas as empresas do setor mineral. Caso elas não se adequem, provavelmente perderão investimentos e sairão do mercado futuramente”, finalizou.