Recursos minerais e o desenvolvimento social na pauta do 44º Congresso Brasileiro de Geologia
30/10/08
O tema Recursos minerais no Brasil e o desenvolvimento econômico social foi apresentado nesta quarta-feira (29/10) pelo consultor e especialista em planejamento econômico Paulo Haddad, atividade inserida na programação do 44º Congresso Brasileiro de Geologia-O Planeta Terra em Nossas Mãos, promovido pela Sociedade Brasileira de Geologia-Núcleo PR até sexta-feira(31/10), no Estação Embratel Convention Center.A proposta de Haddad foi estabelecer uma relação estreita entre a atividade de mineração no Brasil e o processo de desenvolvimento sustentável, a partir de uma análise do ponto de vista macroeconômico e considerando a quantidade de empregos e de renda que o setor gera, bem como a contribuição do segmento para o balanço de pagamento do País.De acordo com dados apresentados pelo palestrante, a soma de minérios exportados e importados resulta em um saldo de reservas cambiais de US$ 10 bilhões por ano, montante que pode ser usado para, por exemplo, a modernização da indústria do Brasil como um todo. “Uma quantia deste portepermite aumentar o grau de soberania do País e diminuir a dependência do FMI, governo americano, comunidade européia, entre outros. Em um momento de crise como o atual, esse fato é de uma importância muito clara, uma vez que o setor contribui para a formação de reservas que permitem políticas públicas”, explicou.Haddad classificou a atividade de mineração como um dos setores-chave para o desenvolvimento nacional, visto que contribui com as quatro principais atividades econômicas nacionais: indústrias automobilística, siderúrgica, de bens de capital e eletro-eletrônicos. Apesar disso, segundo ele, ainda existe um grande preconceito relacionado à atividade, cuja origem é histórica e remete ao período colonial. Muitas regiões exploradas naquela época, como as cidades de Diamantina e OuroPreto, se encontram degradadas atualmente, passando uma imagem negativa de que uma localidade explorada deixa a economia local estagnada. “Isso também é um reflexo de atitudes tomadas pelo governo JK, quando, para justificar a industrialização do País, foram usados argumentos quebombardeavam o modelo primário exportador, ou seja, contra a especialização de produção como café, minérios e proteínas animais”, disse. “Essa comunicação forte deixou o modelo primário exportador para trás, como se fosse de qualidade e importância inferior à indústria”.Esse cenário foi modificado com o passar dos anos, e atualmente possui alto potencial porque gera desenvolvimento local e regional. A atividade de mineração abre espaços e oportunidades, mas demanda um feedback das lideranças regionais. “É preciso informar à população que está sendointroduzido progresso, logística, pesquisa, desenvolvimento, e capacitação profissional na localidade, além de deixar bem claro que não existe a mínima comparação entre a mineração efetuada no período colonial com o trabalho de ponta realizado pelas empresas modernas do ramo”, resumiu.Serviço – 44º Congresso Brasileiro de GeologiaDe 26 a 31/10 – Estação Embratel Convention Center – Av. 7 de Setembro,2775 (Curitiba/PR)(11) 3871-3626 / (41) 3351-6908 / www.44cbg.com.brImprensa – Básica Assessoria de Imprensa: Jornalista Daniela Licht – MTB3791/15/15v(41) 3019-9092 / (41) 9228-9577 / daniela@basicacomunicacoes.com.br