Projetos de inovação dispõem de R$ 1,2 bi
28/10/16
Na próxima década, o setor de mineração no Brasil terá avanços tecnológicos, com aprimoramento de operações e processos envolvendo sustentabilidade, desde que haja mais investimento em pesquisas aplicadas à área e que os projetos sejam resultado de uma associação mais intensa entre empresas e centros de pesquisa. A análise é do professor e consultor em mineração Jair Carlos Koppe, ligado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS). Na próxima década, o setor de mineração no Brasil terá avanços tecnológicos, com aprimoramento de operações e processos envolvendo sustentabilidade, desde que haja mais investimento em pesquisas aplicadas à área e que os projetos sejam resultado de uma associação mais intensa entre empresas e centros de pesquisa. A análise é do professor e consultor em mineração Jair Carlos Koppe, ligado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS). Em sintonia com esse cenário, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Finep, focados no estímulo à inovação e no aumento da competitividade do setor de mineração e transformação mineral no Brasil, estão promovendo ações para atrair planos de negócios baseados em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) no âmbito do Inova Mineral – Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Inovação do Setor de Mineração e Transformação Mineral. Inserido no Plano Inova Empresa e desenvolvido em conjunto pelo BNDES e pela Finep, o Inova Mineral oferece R$ 1,18 bilhão, reembolsáveis e não¬reembolsáveis, às empresas que tiverem seus respectivos planos de negócios selecionados. A primeira etapa para inscrição de planos de negócios, iniciada em setembro, termina no dia 1º de novembro, mas haverá uma segunda chance de inscrição em abril de 2017. Pedro Sérgio Landim de Carvalho, gerente setorial do Departamento de Mineração e Metais do BNDES, diz que o edital é aberto a empresas de todos os portes e inclui startups e incubadas em universidades e institutos de pesquisa. De acordo com Carvalho, um dos objetivos do Inova Mineral é aumentar o apoio e o investimento a projetos de risco tecnológico. O plano também pretende fortalecer as relações entre empresas, setor público e instituições de ciência e tecnologia (ICTs). De acordo com Henrique Vasquez Fèteira do Vale, da equipe do departamento de petróleo, mineração e siderurgia da Finep, serão financiados projetos de inovação baseados em tecnologias aplicadas em cinco linhas temáticas. Elas incluem materiais de alto desempenho, ligas e suas aplicações (como titânio, vanádio, cobalto, lítio, grafita entre outros); minerais com elevado déficit comercial (fosfato e potássio); tecnologias de mineração e processos produtivos; tecnologias e processos para redução e mitigação de riscos e impactos ambientais na mineração e uma linha totalmente dedicada ao desenvolvimento e produção pioneira, no Brasil, de máquinas, equipamentos, softwares e sistemas para mineração e transformação mineral.Mas Vale chama a atenção para o fato de que, qualquer que seja a linha escolhida, os recursos do Inova Material não vão contemplar projetos que representem uma adaptação ou internalização de tecnologias já desenvolvidas no exterior pelas empresas líderes instaladas no Brasil. “A única exceção são os planos de negócios voltados à produção pioneira de equipamentos, softwares e sistemas para mineração e transformação mineral, compreendidos na Linha 5”, explica. Também fazem parte do conjunto de metas do Inova Mineral, cujo edital está disponível nos sites da Finep e BNDES, o fomento à criação de processos e soluções inovadores resultando em impactos positivos na indústria mineral; a busca da redução de riscos e impactos ambientais das atividades de mineração e transformação mineral e a elevação do patamar tecnológico da cadeia nacional de fornecedores, priorizando o desenvolvimento de engenharia nacional e absorção de novas tecnologias.;
Valor Econômico