Projeto de minério de ferro da Zamin no Uruguai vai adiante
24/01/14
O presidente uruguaio Jose Mujica disse, nesta quinta-feira (23), que o projeto de minério de ferro Valentines, da Zamin Ferrous, vai adiante. Um impasse relacionado à aprovação de operações de mineração em grande escala, no Uruguai, fez com que o projeto ficasse parado desde agosto de 2013. Um contrato de investimento entre o governo e a Zamin vai ser assinado em fevereiro para oficializar a continuidade.
O projeto, avaliado em US$ 3 bilhões, vai ser operado pela Minera Aratirí, subsidiária uruguaia da Zamin. A empreendimento tem capacidade projetada de 18 milhões de toneladas por ano.
A respeito da polêmica criada pela população local sobre os danos ambientais que o projeto pode causar, Mujica disse que a extração de minério de ferro não exige o uso de substâncias químicas nocivas. O presidente acrescentou que, se o Uruguai não abrir as portas para empreendimentos desse porte, nunca vai aprender sobre mineração.
Alguns grupos de oposição ao projeto afirmam que a lei que permitiu a mineração em grande escala na América do Sul foi feita especificamente para permitir que o projeto Valentines fosse adiante.
O projeto da Zamin possui três fases de desenvolvimento, que incluem a construção de polpa e tubulações que vão conectar a mina ao porto de águas profundas que vai ser construído na costa do Oceano Atlântico, no Uruguai. Segundo o presidente, esse porto vai fazer com que a economia do país cresça consideravelmente.
Hoje, o Uruguai depende de Argentina e Brasil para a maior parte de suas exportações. Entretanto, no início deste mês, Mujica disse que o Brasil vai financiar 80% do projeto de US$ 500 milhões do porto de águas profundas e ajudar o Uruguai a ter seu próprio terminal.
O projeto Valentines tem recursos medidos, indicados e inferidos provados de 2,5 bilhões de toneladas, com mais de 260 mil metros de sondagem concluídos. O produto é um concentrado de magnetita premium com mais de 68% de ferro, menos de 2% de sílica e alumina e baixos níveis de outros contaminantes. A expectativa é que o projeto gere, por ano, US$ 1,4 bilhões em exportações, durante os 20 anos de vida útil da mina.
No Brasil, a Zamin tem as operações de Zamapa, no Amapá, de Susa, no Rio Grande do Norte, e Greystone, na Bahia.
Notícias de Mineração Brasil