Produção mineral paraense cresceu 14%
03/03/08
Dados do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) apontam que o valor da produção da mineração paraense encerrou o ano de 2007 na casa dos US$ 8 bilhões. O crescimento em relação ao ano anterior, quando o valor fechou em US$ 7 bilhões, foi de 14%. De acordo com uma projeção do IBRAM Amazônia, o setor tende a continuar crescendo nos próximos anos, e vai alcançar o valor de produção de US$ 25,9 bilhões até 2012. Isso graças à expansão de projetos já existentes e também a novos empreendimentos, como a mina de bauxita que a Alcoa está implantando em Juruti.
Responsável pelo levantamento, Alberto Rogério da Silva, consultor do IBRAM Amazônia, lembra que no ano passado a indústria extrativa mineral contribuiu com 59,2% da produção e a de transformação, com 40,8%. “Como nos demais anos, novamente o minério de ferro liderou o ranking, respondendo por 35,2% do total de commodities minerais produzidos no Pará. Em seguida veio a alumina (17,6%), o alumínio (15,1%) e o cobre (11,3%)”, explica o consultor.
O presidente do IBRAM, Paulo Camillo Penna ,destaca os benefícios que a mineração traz para as áreas onde atua, entre a arrecadação de impostos, como o ICMS, ou ainda o aquecimento na economia local. “Além disso, é importante levar em consideração os projetos de desenvolvimento social que voluntariamente as mineradoras levam para as regiões onde atuam”, diz o presidente do IBRAM.
Paulo Camillo Penna ressalta ainda que o Pará reservas muitas perspectivas boas para o setor mineral. O presidente faz também questão de destacar que toda atividade do setor é hoje baseada no tripé do desenvolvimento econômico, social e ambiental. “A mineração leva em conta hoje os compromissos com o desenvolvimento sustentável e com a utilização de tecnologias que diminuam os impactos ambientais provocados pela atividade”, conclui.
Municípios – Dos US$ 8 bilhões produzidos ano passado, Parauapebas contribuiu com 35,8%, puxado pelo minério de ferro, enquanto que Barcarena teve participação de 33,3%, especialmente pela produção de alumina e alumínio.Segundo o IBRAM Amazônia, o terceiro pólo, Canaã dos Carajás, com 10%, teve um único ator: o minério de cobre. Depois veio Marabá (7,1% – ferro-gusa e manganês), Oriximiná (6,3% – bauxita) e os demais. “A grata surpresa foi a presença de Paragominas, com 0,8%, representando o início do projeto Bauxita da Vale, que irá suprir a planta da Alunorte e futuramente outra planta de alumina, ambas instaladas em Barcarena”, acrescenta Alberto Rogério, consultor do IBRAM Amazônia.
Site Ecoamazônia – Santarém – PA