09/03/09

Rio de Janeiro, 6 mar (EFE).- A produção industrial brasileira caiu 17,2% em janeiro em comparação com o mesmo mês do ano passado, o que representa seu maior queda mensal desde que o indicador começou a ser medido em 1991, informou nesta sexta-feira o Governo.
Apesar da produção das fábricas ter aumentado 2,3% em comparação com dezembro, a forte redução em comparação com janeiro de 2008 “evidencia o aprofundamento do ritmo de queda” da atividade, assinalou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A reação frente a dezembro era esperada porque muitas fábricas paralisaram sua produção no final do ano passado e deram férias coletivas a seus empregados devido à queda da demanda por causa da crise mundial.
A falta de crédito e a queda da demanda internacional obrigou várias indústrias, principalmente dos setores de mineração, siderurgia e automototivo, a reduzirem a produção, paralisar algumas plantas, demitir funcionários e dar férias não programadas.
Com a queda de janeiro, a produção industrial brasileira completou três meses consecutivos de redução.
No entanto, a produção acumulada nos últimos 12 meses cresceu 1% em comparação com o período fevereiro 2007-janeiro 2008.
Essa taxa de crescimento anualizado é a menor desde fevereiro de 2004 (0,2%).
A produção industrial brasileira tinha crescido 3,1% em 2008 graças ao bom desempenho nos primeiros nove meses do ano, antes do agravamento da crise.
A categoria mais afetada pela queda da produção industrial em janeiro foi a de bens de capital, que se contraiu 13,3%.
Em comparação com janeiro do ano passado, a produção se reduziu em 26 dos 27 setores industriais estudados pelo IBGE e afetou 75% dos 755 produtos pesquisados.
Entre os setores que mais reduziram sua produção destaque para o de veículos automotores, com uma queda de 34,5%, produtos químicos (29,2%), metalurgia básica (31,3%), máquinas e equipamentos (24,4%), e material eletrônico e equipamentos de comunicação (45,9%).
Em relação ao aumento da produção entre dezembro e janeiro, a expansão foi sustentada por 15 dos 25 ramos estudados e foi liderada pelo setor de veículos automotores, que registrou crescimento de 40,8%. EFE

G1