Produção de minério classe internacional chega a 320 mi de toneladas
11/08/08
Todo o minério de ferro de classe internacional, produzido em Minas Gerais, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, em 2007, alcança as 320 milhões de toneladas. Só a Vale, que encabeça a produção paraense no município de Parauapebas, chegou a 92 milhões de toneladas no ano passado, o que corresponde a 28,75% de tudo que foi produzido dentro dos padrões internacionais no País. A produção da mineradora naquele ano foi de R$ 4,8 bilhões.
O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) diz ainda que a quantidade de minério de ferro vendida, no período em questão, foi de 80,5 milhões de toneladas, uma alta de 20,7%. A Vale movimentou uma quantidade de 71 milhões de toneladas para a exportação, sendo 7 milhões de toneladas para abastecer o mercado interno, notadamente as usinas de ferro-gusa e de pelotização.
Outro destaque dos minérios metálicos foi o cobre, com produção de 482 mil toneladas no Brasil todo. Apenas no Pará essa produção foi de 438 mil toneladas, ou seja, 91% quantidade produzida estável de 2007. Mais uma vez, é a Vale que sobressai nesse produto: a mineradora responde por mais de 99% do total produzido, sobrando para a Mineração Serabi apenas 448 toneladas. Foram vendidos no ano passado mais de 416 mil toneladas de cobre, aproximadamente 2,6% a mais do que no ano anterior. Mais de 86% do total foram para a exportação. As vendas totalizaram mais de R$ 1,3 bilhão.
A produção brasileira de bauxita, no ano passado, foi de 22 milhões de toneladas. Somente a produção paraense bateu os 19,9 milhões de toneladas, avaliadas em R$ 1,1 bilhão. A Mineração Rio do Norte (MRN) no Pará é a maior produtora nacional, respondendo por 18 milhões de toneladas, seguida da Vale com 1,9 milhões de toneladas. A produção das duas líderes aponta uma crescimento de 12,2% em relação a 2006.
Quem mais consumiu bauxita no período foi o mercado interna, com 15 milhões de toneladas consumidas, principalmente, pelas refinarias da Alunorte no Pará e Alumar no Maranhão. O restante, cerca de 4,9 milhões de toneladas, foram exportadas, cerca de 20% a mais do que em 2006. É no Pará que estão concentradas 97% das reservas do Brasil de bauxita, calculadas em 3,5 bilhões de toneladas ou 11% de toda matéria-prima do alumínio do mundo.
OURO
O Informe Mineral do Departamento aponta que os garimpos ainda lideram a produção aurífera no Pará. Eles correspondem a 80% de toda produção, sendo que os de Itaituba são responsáveis por 63% de tudo que é produzido no Estado. A produção industrial ainda é tímida, sendo dominada sobretudo pela Mineração Serabi, que retém 20,5% desse mercado de mais de R$ 168 milhões gerados em riqueza, no ano de 2007, um volume de cerca de 68% a mais do que no ano de 2006. Toda a produção paraense de ouro cresceu em 51% no período analisado, sendo extraídos do solo mais de 4,4 mil kg do minério nobre.
Ainda nos minerais metálicos, o DNPM observou que produção brasileira de minério de manganês no ano passado alcançou 1,3 milhão de toneladas e a paraense totaliza 1,1 milhão de toneladas, uma redução de 59% em relação a 2006, no que foi produzido pelas duas operadoras desse tipo de produto, a Vale e a Buritirama. As duas indústrias produziram, respectivamente, de 945 mil toneladas e 157 mil toneladas. Mais de R$ 273 milhões foram comercializados, sendo que para o mercado externo foram destinadas 1,1 milhão de toneladas, correspondente a 86% da quantidade comercializada.
O freio produtivo do manganês está relacionado exclusivamente ao repotenciamento da usina de beneficiamento da Vale, concluído ano passado, e à prioridade para o transporte de minério de ferro na Estrada de Ferro Carajás entre julho e dezembro deste mesmo ano, de acordo com informações da empresa. (A.L.A.)
O Liberal – PA