Previsão de demanda maior faz cobre subir 9% em uma semana
09/02/09
9 de Fevereiro de 2009 – Cobre e alumínio avançaram em Londres, retomando o crescimento da semana passada, diante das especulações de que os gastos do governo na China irão acelerar o crescimento e reviver a demanda. Os dois metais reduziram os ganhos depois de um relatório que demonstrou que o desemprego aumentou nos Estados Unidos.
O Produto Interno Bruto (PIB) da China provavelmente irá se expandir a um nível anual de 12% no atual trimestre, depois de encolher 2,3% no quarto trimestre, projeta o Deutsche Bank, conforme relatório divulgado na sexta-feira. A segunda alta consecutiva em um índice do setor industrial chinês, em janeiro, ajudou o cobre a avançar 9% na semana passada. A cotação do alumínio subiu quase 8%.
“Cresce o otimismo sobre as condições da demanda industrial chinesa”, escreveu Joel Crane, analista do Deutsche Bank no relatório. “O estímulo monetário e fiscal, junto ao reabastecimento dos estoques, alavanca uma recuperação temporária no crescimento na China neste trimestre”, explicou.
O cobre para entrega em três meses chegou a subir 6,5% na Bolsa de Metais de Londres (LME) na sexta-feira e encerrou o pregão a US$ 3482 por tonelada, alta de 2,68%, ante o fechamento do dia anterior. Na semana, a alta foi de 9,3%. O alumínio subiu 0,35% para US$ 1,452 a tonelada. Na semana, a cotação do metal subiu 7,84%.
Os preços para o cobre possivelmente irão se recuperar devido à demanda da Ásia, afirmou o vice-presidente de Zâmbia, George Kunda, em uma conferência de mineração em Livingston, Zâmbia.
As companhias dos Estados Unidos reduziram 598 mil empregos em janeiro, informou o Departamento do Trabalho em Washington. Os economistas prognosticaram uma queda de 540 mil empregos, segundo a média da estimativa dos pesquisados.
Outros metais, como níquel, chumbo, zinco e estanho também estavam em alta, mas encerraram o pregão de sexta-feira com queda nos preços. O contrato de três meses do níquel caiu 0,65%, para US$ 11.550 a tonelada. O níquel, usado no aço inoxidável, recuou 57% no último ano. O chumbo caiu 0,09%, para US$ 1.170 por tonelada, enquanto o zinco caiu 1,16%, fechando a US$ 1.151,50 a tonelada. O estanho caiu 1,56% e fechou a semana cotado a US$ 11.025onelada.
(Gazeta Mercantil/Caderno C – Pág. 2)(Bloomberg News e redação)
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