Presidente do IBRAM entrega agenda da mineração brasileira à ministra Simone Tebet
17/05/23
O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, entregou à ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, a agenda prioritária do setor mineral para 2023. As medidas relacionadas a essa indústria foram a tônica da audiência que Tebet concedeu ao IBRAM nesta 4ª feira (17/5), em Brasília.
Entre os pontos abordados por Jungmann estavam: o fortalecimento da Agência Nacional de Mineração (ANM), do Serviço Geológico Brasileiro (SGB/CPRM) e do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM). Também esteve em pauta a importância dos minerais estratégicos para uma economia de baixo carbono. Pelo IBRAM também estiveram presentes o vice-presidente, Fernando Azevedo e Silva, e o diretor de Relações Institucionais, Rinaldo Mancin.
O presidente do IBRAM comentou que o setor mineral foi um dos últimos a poder contar com uma agência reguladora, a ANM, criada em 2017, mas ela está, até hoje, fragilizada por falta de recursos financeiros e mais pessoal capacitado, entre outras questões. “O IBRAM defende a necessidade de um corpo técnico qualificado e condizente com a relevância dos serviços prestados, instrumentação e equipamentos necessários para fiscalização nas mais diversas áreas, e o principal: um orçamento adequado à arrecadação bilionária que a Agência contribui para gerar à União e à sociedade brasileira”, afirmou Jungmann na reunião.
Segundo ele, outros dois importantes órgãos necessitam de maiores atenções do governo federal. São eles: SGB/CPRM e CETEM. “Gerar e disseminar conhecimento geocientífico com excelência é fundamental para conhecermos melhor o nosso subsolo. Além disso, é fundamental investir na inovação e no avanço tecnológico para garantir a sustentabilidade e o crescimento do setor. Precisamos incentivar a pesquisa geológica no nosso país. Pouco se conhece do solo e subsolo brasileiro. Apenas cerca de 4% do nosso território é mapeado em uma escala adequada”, disse.
Jungmann relatou também o trabalho da indústria em evoluir para uma atividade ainda mais sustentável e proporcionar insumos para combater os riscos climáticos em escala mundial. “A tendência atual está focada na transição energética. Sem a mineração isso não é possível. O Brasil precisa se destacar na produção de minerais estratégicos, que são matérias-primas fundamentais para essa transição”, analisou.