Presidente da Vale do Rio Doce inicia visita à Nova Caledônia
14/11/06
NOUMEA – O presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, iniciou nesta terça-feira uma visita de dois dias à Nova Caledônia (possessão francesa na Oceania), onde foi recuperado o controvertido projeto Goro Nickel, para a construção de uma fábrica hidrometalúrgica, depois que a empresa brasileira comprou, em outubro, a canadense Inco.
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A fábrica química provoca críticas de associações ecológicas e autóctones, e também nesta terça-feira, em Paris, um tribunal deverá anunciar sua decisão sobre uma demanda do comitê Rheebu Núú para que os trabalhos sejam suspensos.
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A Rheebu Nùù, que lidera o combate contra a Goro Níckel, já obteve do tribunal administrativo de Numéa a anulação da autorização para a exploração concedida pela província sul de Caledônia.
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;”Esta viagem serve para uma tomada de contato com o país”, informou a Goro Nickel, filial da Inco, em comunicado.
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Durante sua visita, Roger Agnelli, que está acompanhado do presidente da Inco, Scott Hand, e de uma delegação do comitê de direção da Vale, deve se reunir com “as instituições do território e dos povos autóctones (kanakas), assim como com os empregados e a direção da Goro Nickel.
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A visita acontece três semanas depois da compra da canadense Inco por aproximadamente 13,3 bilhões de dólares, a maior aquisição no exterior feita por uma empresa brasileira.
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Com esta compra, a Vale do Rio Doce se tornou o segundo grupo mundial do setor de mineração e o primeiro produtor de níquel.
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Na Nova Caledônia, onde se encontra mais ou menos um quarto das reservas mundiais de níquel, a Vale recuperou o projeto Goro Nickel da Inco, que significa a construção da fábrica hidrometalúrgica de 60.000 toneladas anuais de níquel e 5.000 toneladas de cobalto. O custo é estimado em cerca de 2 bilhões de dólares.
Agência AFP