Pelotizadora pode ser opção para a Mineração Usiminas, diz Brumer
01/07/10
O crescimento esperado da produção da Mineração Usiminas pode levar à construção de uma pelotizadora, o que aumentaria o valor agregado do minério de ferro produzido pela subsidiária da siderúrgica.
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A criação da companhia foi anunciada hoje e a nova empresa, que tem a japonesa Sumitomo com 30% do capital, engloba os ativos minerários da Usiminas, 83,3% de participação da siderúrgica na MRS e o terreno na Baía de Sepetiba.
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O presidente da Usiminas, Wilson Brumer, não deu prazo para a construção da pelotizadora e ressaltou que, a preços de hoje, uma unidade sairia por um valor entre US$ 800 milhões e US$ 900 milhões. Para o executivo, a construção da unidade de pelotização só seria competitiva a partir de uma produção de 7 milhões de toneladas.
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Brumer lembrou que a produção esperada este ano para a Mineração Usiminas é de 7 milhões de toneladas e a rampa de crescimento da produção estimada deve levar a um patamar de 29 milhões de toneladas em 2015. Para isso, a nova empresa espera investir R$ 4,1 bilhões no período.
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“É natural considerar que é uma questão de tempo avaliar uma planta de pelotização para utilizar o minério”, frisou Brumer em teleconferência com jornalistas.
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O executivo ponderou que a tendência deve ser analisar a construção da pelotizadora em áreas próximas às siderúrgicas de Ipatinga ou Cubatão, e não em regiões portuárias.
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A produção de minério da nova empresa deverá contribuir para fornecimento da unidade de Cubatão da Usiminas. Brumer ressaltou que o fornecimento natural para a usina de Ipatinga, em Minas Gerais, é da Vale, uma vez que a unidade já faz parte do trajeto da logística da mineradora.
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No total, o consumo de minério da Usiminas é de 12 a 14 milhões de toneladas por ano. A produção da Mineração Usiminas que exceder as necessidades da controladora será exportada e a Sumitomo terá preferência na colocação no mercado internacional, na medida da sua participação de 30%.
Valor Econômico