Para Cid, mudança é estratégica para o CE
12/09/08
A mudança na lei que institui o Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI) beneficiará empresas que tenham pretensão de se instalar no Ceará com abate acima de 75% para setores com presença ainda inédita no Estado, como o de extração de minerais metálicos e não metálicos, a indústria automobilística, farmacêutica e a química. Entretanto, para o governador Cid Gomes, a medida encontrada figura como estratégica para o Estado manter-se no páreo para abrigar novos e promissores empreendimentos nos próximos anos.´Eu, sinceramente, não faço isso com gosto (sobre a aprovação na alteração do texto do FDI, que passou a beneficiar sete setores com abate fiscal). Mas, outros estados têm incentivos de percentuais maiores. Se a gente não se equiparar, ficamos de fora da competição´, explica o governador.A mudança na redação do FDI foi aprovada pela bancada cearense de deputados na última terça-feira na Assembléia Legislativa (AL). Beneficiará ainda os setores têxtil e de calçados, ambos com parques fabris já instalados no Estado, mas, que precisam de maiores incentivos para serem mais competitivos. ´Temos que apoiar esses setores. É preciso que o Estado tenha essa sensibilidade´, afirma o chefe do legislativo cearense.O presidente da Agência de Desenvolvimento, Antônio Balhmann, observa que indústrias que já operam no Estado também serão contempladas no novo cenário. ´A própria Galvani (mineradora que explorará a mina de urânio e fosfato de Itataia) é uma que certamente será beneficiada nessa legislação. E tem várias outras que estamos trabalhando, como as cimenteiras´, ressalta Balhmann.Sem guerra fiscalMesmo adotando uma nova política de incentivos, Cid descarta ser ´adepto´ de guerra fiscal ou de isenção de tributos, e justifica. ´Tem horas em que a gente tem que ser prático e objetivo: ou fazemos isso, ou saímos do ramo, porque perdemos o poder de competição´, expõe.
Diário do Nordeste