Para Abimaq, controle de portos protege setor
25/07/07
A nova diretoria da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) anunciou ontem a pretensão de firmar convênios com o IPT, ITA, Fapesp e universidades federais na tentativa de frear as importações de máquinas chinesas no médio e longo prazo. No entanto, segundo o presidente da entidade, Luiz Aubert Neto, existe também a idéia de dificultar a entrada de produtos de baixa qualidade, que não trazem inovações tecnológicas ao país, ainda durante o segundo semestre. “Vamos fazer parcerias com os portos para fiscalizar o ingresso destas máquinas”, afirma. De acordo com o vice-presidente da Abimaq, Carlos Buch Pastoriza, já existe uma comissão de proteção comercial. “Eles (a comissão) levantam informações de produtos importados, terceirizam investigações e em breve realizarão cursos para os fiscais das aduanas”, explica. Os dados da associação indicam que no caso de máquinas injetoras de plástico, por exemplo, o preço do produto brasileiro gira em torno de US$ 25 por quilo, enquanto que o chinês chega ao país a US$ 5 o quilo. Mesmo com a concorrência considerada desleal, o faturamento do setor avançou 10% no semestre e totalizou US$ 28,8 bilhões. As exportações terminaram o período com alta de 21%, o que significou vendas de US$ 4,7 bilhões. As importações cresceram 31% alcançando US$ 6,8 bilhões. Para o final do ano, a expectativa de Aubert é de um incremento de 12% no faturamento. “Apesar da perda de participação da indústria nacional, o mercado cresceu”, diz.
Valor Econômico