Novas entidades serão ouvidas sobre Serras da Calçada e Moeda
29/10/08
A Comissão Especial das Serras da Calçada e da Moeda aprovou requerimento, nesta terça-feira (28/10/08), ampliando o número de entidades que participarão dos debates sobre o tema na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O requerimento, de autoria de todos os parlamentares que integram a comissão, solicita a inclusão, entre os convidados, de representantes da Associação dos Condomínios Horizontais; da Associação de Proprietários do Retiro do Chalé; do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram); de titulares de direitos minerários das Serras da Calçada e da Moeda; e o gerente do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça.
Criada a requerimento do deputado Fábio Avelar (PSC), assinado por outros deputados, a comissão se propõe a analisar o potencial para usos alternativos do solo e do subsolo das serras da Calçada e da Moeda, junto com a preservação dos patrimônios arqueológico, espeleológico e natural dessas áreas, bem como seu potencial ecoturístico. Justificando a criação, o parlamentar destacou que há um crescente interesse para pesquisa e lavra mineral nas duas serras, localizadas no Quadrilátero Ferrífero. A situação tem atraído grande atenção e gerado discussão sobre a importância da atividade e a necessidade da preservação ambiental e cultural.
A Serra da Moeda é um grande espinhaço, ou cadeia de montanhas, que vai do Sul de Belo Horizonte ao município de Belo Vale, com uma extensão aproximada de 70 quilômetros, no sentido norte-sul. Ela inclui vários segmentos e ramificações. Tem esse nome por causa da cunhagem clandestina de barras e moedas de ouro na época do Brasil colônia, que era feita na região. Uma das ramificações da Moeda é a Serra da Calçada, batizada assim porque ali existem duas “calçadas”, calçamentos de pedra feitos pelos exploradores de ouro na época colonial. Na região há também um “forte”, estrutura murada que é remanescente do que seria uma antiga casa da moeda, ou senzala para escravos que trabalhavam na lavra de ouro. Boa parte da área é de propriedade da Vale, empresa que já manifestou interesse em explorar minério de ferro no local. Recentemente, no entanto, a Serra da Calçada foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha).
Presenças – Deputados Sávio Souza Cruz (PMDB), presidente da comissão; Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) e Fábio Avelar (PSC).
Assembléia Legislativa de Minas e Gerais