Norsk Hydro entra na briga pela Alcan
29/05/07
O grupo norueguês Norsk Hydro prepara uma oferta de compra da produtora de alumínio canadense Alcan – grupo que acabou de recusar uma proposta feita pela rival americana Alcoa. A informação foi publicada ontem pelo jornal canadense The Globe and Mail.A Norsk Hydro é especializada em petróleo e alumínio e tem 43,8% de suas ações nas mãos do governo norueguês. De acordo com o jornal, que cita fontes ligadas aos bancos de investimentos que trabalham com as duas companhias, a empresa estuda uma oferta de mais de US$ 30 bilhões pela Alcan. A oferta da Alcoa era de cerca de US$ 27 bi.No domingo, o jornal australiano Sydney Morning Herald havia publicado que a mineradora anglo-australiana Rio Tinto havia contratado o Deutsche Bank para assessorá-la em uma possível oferta pela Alcan.Na semana passada, logo após o conselho de administração da empresa canadense recusar a proposta da Alcoa, o Globe and Mail publicou que outra mineradora anglo-australiana, a BHP Billiton, havia iniciado negociações para uma oferta pela Alcan. Ontem, porém, as informações eram que as conversas da BHP com a Alcan não haviam avançado.De acordo com analistas, também estariam na disputa pela compra da Alcan as brasileira Vale do Rio Doce, a suíça Xstrata, a britânica Anglo American e a russa Rusal.REJEIÇÃOA proposta da Alcoa pela Alcan foi anunciada no dia 7 de maio. Na última terça-feira, o conselho da Alcan recomendou que os acionistas rejeitassem a proposta, por considerá-la `inadequada`. Em comunicado, o conselho disse que a oferta `não reflete adequadamente o valor dos ativos, das competências estratégicas e das expectativas de crescimento extremamente interessantes da Alcan, não prevê um prêmio suficiente para o controle da Alcan, e é fortemente condicional e incerta.`A proposta da Alcoa previa o pagamento de US$ 73,25 em dinheiro e ações por ação da Alcan, avaliando a empresa em US$ 27 bi. A Alcoa também assumiria dívidas de US$ 6 bilhões, o que elevava a oferta a US$ 33 bi.Se bem-sucedida, a empresa resultante da fusão seria a maior do mundo no setor de alumínio, superando o grupo Rusal, formado recentemente com a fusão das russas Rusal, Sual e a suíça Glencore – no caso desta última, apenas a área de alumínio.
O Estado de São Paulo