08/10/08

Cerca de 60% das exportações brasileiras para a União Européia (UE) devem ser afetadas pela nova política de controle de substâncias químicas do bloco, e as empresas que não fizerem o pré-registro até 1º de dezembro não poderão mais exportar. Para alertar e capacitar as empresas catarinenses em relação às novas exigências para se vender para a Europa, a Federação das Indústrias (FIESC) promoveu nesta segunda-feira (6) um workshop sobre o Sistema Reach (sigla em inglês para Registro, Avaliação e Autorização de Químicos). O sistema obriga as empresas européias que fabricam e importam substâncias químicas a avaliar os riscos para a saúde humana e meio ambiente decorrentes da utilização das mesmas, bem como a tomar as medidas necessárias para a gestão de todos os riscos que identificarem.

A coordenadora da comissão de regulação e gestão de produtos da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Nícia Mourão, que falou às indústrias na FIESC, explicou que os exportadores de químicos ou de outros produtos que possam liberar compostos químicos serão afetados pelas regras do Sistema Reach. Isso inclui, segundo Nícia, indústrias tão diversas quanto as têxteis e de tecidos, calçados, refrigeradores, aviões e até pranchas de surfe, além das indústrias químicas e outras diretamente relacionadas, como as de tintas.

Segundo Nícia, a estimativa da Abiquim é que entre US$ 20 bilhões e US$ 25 bilhões anuais de exportações brasileiras para os 27 países do bloco econômico europeu serão afetadas pelas regras do Sistema Reach. Em 2007, o país exportou US$ 40,4 bilhões para a UE, sendo que Santa Catarina vendeu US$ 2,1 bilhões. Ela destacou também que o prazo para que as empresas exportadoras façam o pré-registro com um representante exclusivo na União Européia vai até 1º de dezembro deste ano. Depois desta data, afirmou, não poderá mais vender ao bloco quem não tiver o pré-registro. Mais detalhes sobre o Sistema Reach no site http://www.abiquim.org.br/ .

Floripa News