Ministro quer parceria para explorar Itataia
25/09/07
A estimativa é de que com a participação da iniciativa privada, o Brasil passaria para o terceiro maior produtor de urânio Belo Horizonte. O ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner, admitiu ontem a possibilidade de as companhias privadas obterem autorização para explorar a mineração do urânio no País. Ele citou um estudo do Ministério das Minas e Energia sobre a possibilidade de mineração de urânio encontrado junto a jazida de fosfato no Ceará (Itataia). ´Uma parceria de modo que uma empresa privada de extração mineral possa extrair o fosfato e o subproduto dessa exploração, ela entregar para a INB´, afirmou. Pela constituição de 1988, toda a exploração de urânio é controlada pela estatal Indústrias Nucleares Brasileiras (INB). Hubner observou que a discussão está ´além do governo´, mas disse que ´agora cabe uma revisitação e uma discussão com a sociedade brasileira´ a respeito do assunto. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), em junho último foi encaminhada ao Congresso uma proposta de flexibilização da exploração dos minerais e minérios radioativos a exemplo do que ocorreu com o setor de petróleo e gás. A expectativa, conforme o presidente da entidade, Paulo Camillo Penna, é que a iniciativa privada seja autorizada para realizar o levantamento geológico e a exploração, sendo que a comercialização seria feita pela INB. Os recursos captados com a venda para o exterior poderiam ser utilizados para financiar o programa nuclear brasileiro. Segundo Camillo Penna, o País já possui a 6ª maior reserva mundial (309 mil toneladas), sendo que os levantamentos já realizados abrangem apenas 30% do território brasileiro. As principais reservas estão localizadas na Bahia e no Ceará (Usina de Itataia). A estimativa do Ibram é de que com a participação da iniciativa privada o Brasil passaria para o terceiro maior produtor.
Diário do Nordeste