20/02/17

McKinsey afirma que mineradoras e petrolíferas devem se adaptar a mudanças no padrão de consumo de energia e na forma de produzir commodities.As mineradoras e petrolíferas têm que se adaptar às mudanças que estão ocorrendo no padrão de consumo de energia e na forma de se produzir commodities, diz um artigo publicado nesta semana pela consultoria McKinsey. No caso da mineração, as economias com novas tecnologias podem chegar a US$ 100 bilhões.O relatório “Beyond the supercycle: How technology is reshaping resources”, do McKinsey Global Institute, identificou três tendências que têm potencial para gerar entre US$ 900 bilhões e US$ 1,6 trilhão em economias na economia global até 2035, “um montante equivalente ao PIB do Canadá ou da Indonésia”. Essa possibilidade vem depois de um longo período de superciclo, com altos preços de metais e pesados investimentos para aumento de produção, e o início de um novo período que a consultoria chama de disruptivo, no qual a inovação tecnológica, com robótica, inteligência artificial e Internet das Coisas, vai ter um papel crucial.Pelo menos dois terços do valor total vem da redução no consumo de energia como resultado de maior produtividade, sem aumento de consumo, enquanto um terço vem do aumento de produtividade das produtoras de recursos minerais, como mineradoras e petroleiras. De acordo com o relatório, “o tamanho dessa oportunidade depende não somente da taxa de adoção de novas tecnologias mas também da forma como produtores de recursos [naturais] e legisladores se adaptam a esse novo ambiente”.Segundo o artigo, pelo lado da demanda, o consumo de energia se torna menos intensivo e mais eficiente “na medida em que as pessoas usam menos energia para viver e tecnologias que poupam energia se tornam mais integradas às casas, negócios e transporte”. Além disso, avanços tecnológicos ajudam a baixar o custo de fontes renováveis de energia, como eólica e solar, lhes dando uma participação maior na matriz global de energia, com efeitos significativos sobre consumidores e produtores de combustíveis fósseis.Pelo lado da oferta, produtores de recursos minerais estão cada vez mais diversificando o uso de tecnologia em suas operações, abrindo minas em lugares que antes eram inacessíveis, aumentando a eficiência das técnicas de lavra, usando mais manutenção preditiva, e sofisticados métodos de análise de dados para identificar, extrair e gerenciar recursos.Para as mineradoras, a McKinsey diz que um futuro com menos fontes de crescimento vai exigir foco na agilidade. “O aproveitamento da tecnologia vai ser essencial para destravar ganhos de produtividade, mas não suficiente. Companhias com foco nos fundamentos (aumento de produção, redução nos custos de capital e mão de obra) e que também buscam oportunidades em áreas de tecnologia intensiva podem ter uma vantagem”, diz o documento.Clique aqui e acesse a matéria.

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