21/10/16

Iniciativas de governança de sustentabilidade estão cada vez mais sendo usadas por mineradoras e governos como uma ferramenta para demonstrar que estão operando de forma responsável. Algumas iniciativas também podem ser utilizadas pela sociedade e demaisstakeholders para levar as empresas a prestarem contas de suas atividades. Esse foi o tema do painel ?Iniciativas de Governança de Sustentabilidade?, na 24ª edição do World Mining Congress (WMC 2016), moderado por Cláudia Salles, gerente de assuntos ambientais do Instituto Brasileiro de Mineração – IIBRAM.;Renzo Mori Junior, fellow da Universidade de Queensland, na Austrália, fez um balanço do trabalho das iniciativas de governança e afirmou que elas vêm se proliferando rapidamente nos últimos anos. A maior parte não é relacionada a leis ou tem envolvimento do governo e sim a pressões por parte da sociedade. Entretanto, várias iniciativas se sobrepõem, tratando dos mesmos temas e das mesmas commodities.;A universidade avaliou 18 entidades certificadoras, sendo duas que envolvem mineração de pequena escala ? Fairmined e Fairtrade ? e as demais que avaliam as grandes empresas. Muitas vezes, a certificação é uma demanda da cadeia por questões legais e outras por iniciativas próprias das empresas, como a criada pelo Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM).;?Verificamos uma série de melhorias em relação a prestação de contas e transparência, envolvimento dos stakeholders,interoperabilidade e colaboração e avaliação do impacto. Também pesquisamos o que leva as empresas a buscarem certificações. 52% dos entrevistados disseram que é porque elas trazem valor, enquanto 33% reconheceram que a causa foram pressões externas?, informou Mori.;Marcin Piersiak, diretor da Aliança para Mineração Responsável, apresentou o trabalho de certificação Fairmined com mineradores artesanais, descrevendo de que forma eles estão evoluindo na formalização e na capacitação técnica e de segurança. Dione Macedo, coordenadora de desenvolvimento sócio-ambiental do Ministério de Minas e Energia, apresentou a evolução da implementação da Agenda 21 desde a Rio 1992, com a assinatura de 179 países, à incorporação como prioridade do governo brasileiro em 2003.;?Em 2004, a Agenda 21 Mineral foi concebida como uma ferramenta de participação para o desenvolvimento sustentável?, informou Dione Macedo, que também apresentou casos bem-sucedidos de consórcios de mineração de municípios.;
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Renzo Mori Junior, fellow da Universidade de Queensland, na Austrália – Foto: Alfredo Alves/Argosfoto;

IBRAM